Um terço dos 40 ministros da Esplanada dos Ministérios está de malas prontas para deixar o governo ainda este mês. Por dois motivos: a maioria para concorrer às eleições de outubro e, alguns, para abrir espaço aos novos aliados (veja o quadro).
A presidente Dilma Rousseff começou na quarta-feira as primeiras conversas para anunciar a reforma ministerial, em reunião com o vice-presidente Michel Temer, no Palácio da Alvorada, em Brasília.
A partir da próxima semana, Dilma irá chamar presidentes e líderes de partidos para, segundo assessores, ‘medir o grau de confiança’ dos aliados, antes de fazer a distribuição de cargos no primeiro escalão.
Lista de pedidos
O PMDB foi o primeiro apresentar a fatura para se manter como aliado. O senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) foi indicado para o Ministério da Integração Nacional, ocupado por um interino desde a saída de Fernando Bezerra, do PSB, em outubro do ano passado. O partido também indicará os substituto nos ministérios da Agricultura e do Turismo. Os deputados Leonardo Quintão (MG), Sandro Mabel (GO) e Eliseu Padilha (MG) foram nomes citados.
Recém-criado, o Pros também não abre mão de ter um ministro em troca do apoio de 18 deputados e um senador no Congresso. O ex-deputado Ciro Gomes é a indicação mais provável, mas o nome do senador Ciro Nogueira (PI) também tem o nome lembrado.
Embora só tenha a promessa de cargo, o PTB também já indicou o ex-deputado Benito Gama (BA). Dilma já manifestou que a participação do partido é tímida se comparada ao apoio dado ao governo.
Primeiras trocas
Falta definir se as mudanças na equipe serão feitas de forma fatiada – com os primeiros anúncios ainda em janeiro – ou de uma só vez.
Apesar da imprecisão sobre a data, dois auxiliares já anunciaram a saída. Os ministros Alexandre Padilha (Saúde) e Gleisi Hoffmann (Casa Civil) deixam os cargos no fim do mês.