Cerca de 70.000 opositores ucranianos se reuniram ao meio-dia deste domingo, dia 9, na praça da Independência de Kiev. Um dos pontos altos do ato foi a participação do militante torturado Dimytro Bulatov, que se dirigiu por telefone ao público.
Falando de um hospital na Lituânia, Dimytro Bulatov pediu para os opositores seguirem na luta. «Não temos a intenção de nos render. Iremos mais longe», disse. Os manifestantes responderam com aplausos.
Outros dois opositores que foram vítimas de violência, entre eles a jornalista Tetiana Chornovol, se dirigiram aos presentes no início desta manifestação.
Igor Lutsenko, sequestrado e espancado junto com outro opositor que foi encontrado morto, disse que os sequestros e torturas não deram resultados. «Chornovol, eu e Bulatov não nos renderemos», afirmou.
Os líderes dos três principais partidos da oposição, Vitali Klitschko, Arseni Yatseniuk e Oleg Tiagnybok, também falaram aos manifestantes.
O número de manifestantes era comparável ao de um ato similar convocado na semana passada, mas inferior à multidão que foi vista durante os grandes protestos de novembro, dezembro e janeiro.
A Ucrânia atravessa a crise política mais longa de sua história e o centro da capital está ocupado há 80 dias por manifestantes e cercado de barricadas.