A presidente Dilma Rousseff poderá apoiar candidatos do PMDB em alguns estados para aliviar a tensão na aliança entre os dois maiores partidos do governo. Foram tantas reuniões que a presidente teve que trocar o carro pelo helicóptero no início do expediente, nesta segunda-feira.
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No Planalto, Dilma recebeu primeiro o PMDB da Câmara e, depois, o do Senado. O vice, Michel Temer, acompanhou tudo de perto. O objetivo: tentar acabar com o que já é definido pelos peemedebistas como «crise». Hoje, a aliança regional entre o partido e o PT está garantida em apenas três locais: no Pará, Sergipe e no Distrito Federal.
No Rio de Janeiro, Bahia, Ceará e Rio Grande do Sul, a situação é tida como crítica. Em outros estados, como Maranhão, Paraíba, Rondônia e Tocantins, a presidente Dilma poderá ceder e apoiar o candidato do PMDB.
Em uma reunião no domingo, Dilma Rousseff decidiu isolar o líder do PMDB na Câmara, que tem batido boca com o presidente do PT. Nesta segunda, Eduardo Cunha voltou ao ataque.
Pela internet, o deputado afirmou que o partido não vai mais indicar ninguém para a Esplanada dos Ministérios.
Além dos palanques, outro ponto de atrito são os cargos no governo. O PMDB quer o sexto ministério, a Integração Nacional, mas Dilma Rousseff quer entregar a pasta a outro partido, o PROS, e insiste em retirar um deputado e colocar um senador do PMDB no Turismo.
Hoje, o PMDB tem quase a metade do tempo de propaganda da chapa de Dilma Rousseff. Mas a presidente aposta que com a eleição tão próxima, o atual aliado não tem mais como desistir da união. Por isso, ela decidiu endurecer e os peemedebistas acusaram o golpe.