A Câmara dos Vereadores de São Paulo aprova, em primeiro turno, a concessão de uma bolsa de cerca de R$ 3 mil para integrantes do «Mais Médicos». O texto também cria um «filhote» do programa, estendendo o auxílio financeiro aos profissionais que trabalharem em áreas periféricas da capital paulista. Assim, serão beneficiados os médicos da rede municipal que atuem em unidades de difícil acesso fora do centro expandido ou onde houver déficit de funcionários.
A maior parte do valor inclui auxílio moradia e alimentação e R$ 230 para transporte. Para os estrangeiros do «Mais Médicos», a verba se soma aos R$ 10 mil que já são pagos pelo Ministério da Saúde.
O texto original, de autoria do prefeito Fernando Haddad, previa a concessão dos incentivos só aos integrantes do programa. No entanto, a bancada governista aceitou uma proposta dos parlamentares do PSD, que modificou a redação.
Para o vereador Gilberto Natalini, do PV, a bolsa de R$ 3 mil deveria ser ampliada para todos os médicos de São Paulo. A lei que implantou o «Mais Médicos» já prevê uma contrapartida a ser paga pelos municípios que aderirem ao programa, sob pena de descredenciamento. No entanto, o texto proposto pelo prefeito Fernando Haddad dispensava os beneficiários de comprovarem os gastos.
Com a redação alterada, se o projeto for confirmado em segunda votação, eles terão que prestar contas das despesas.
Na segunda-feira, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, havia sancionado a lei que criou uma espécie de «Mais Médicos» estadual. A regra prevê o pagamento de adicional de 30% àqueles que atuarem em hospitais de regiões periféricas.