A presidente Dilma Rousseff reconheceu para jornalistas que não está «tudo bem» com os preços, mas disse que a inflação está sob controle. Em encontro com profissionais da imprensa, na noite de terça-feira, em Brasília, Dilma diz que a alta dos custos está relacionada com a diferença entre a taxa de crescimento dos bens e a dos serviços.
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Na conversa, que durou cerca de 4 horas, a mandatária negou que pensa em fazer mudanças em sua equipe econômica, como transferir o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, parao Ministério da Fazenda.
Otimista, Dilma ainda disse que, no ano de 2015, o “Brasil vai bombar”.
Inflação
Na semana passada, a projeção de instituições financeiras para a inflação alcançou o limite superior da meta. A estimativa para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) está em 6,50%. Essa projeção é resultado de pesquisa semanal, feita pelo BC (Banco Central), com instituições financeiras sobre os principais indicadores econômicos. Para 2015, a mediana (que desconsidera os extremos nas projeções) das expectativas segue em 6%. Apesar de a projeção para este ano ter ficado no limite, a estimativa está acima do centro da meta de inflação, de 4,5%.
É função do Banco Central fazer com que a inflação, medida pelo IPCA, fique dentro da meta. Um dos instrumentos usados para influenciar a atividade econômica e, consequentemente, a inflação, é a taxa básica de juros, a Selic.
Quando o Copom (Comitê de Política Monetária), do BC, aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Já quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, mas a medida alivia o controle sobre a inflação.
O BC tem que encontrar equilíbrio ao tomar decisões sobre a taxa básica de juros, de modo a fazer com que a inflação fique dentro da meta estabelecida pelo Copom. A projeção das instituições financeiras para a Selic foi mantida em 11,25% ao ano, ao final de 2014, e em 12% ao ano, no fim de 2015.