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Itaquerão tem teste incompleto em único jogo antes da Copa

Estádio de Itaquera, que receberá a abertura da Copa no dia 12 de junho | André Porto/Metro

A Arena Corinthians recebeu neste domingo seu único jogo oficial antes da abertura da Copa do Mundo, sob chuva, e o teste foi apenas parcial, já que não houve lotação completa e nem todos os serviços puderam ser testados no estádio, entregue com atraso para o Mundial.

Por causa da demora na conclusão dos trabalhos, o estádio paulista só pôde receber uma partida oficial, na qual o Figueirense surpreendeu o Corinthians e venceu por 1 x 0, pelo Campeonato Brasileiro. O público pagante foi de 36.694, bem menos do que a capacidade total, de 68.000.

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O Comitê Organizador Local (COL) da Copa admitiu em nota que o torcedor não encontrou no jogo deste domingo “100 por cento dos serviços que serão oferecidos na Copa do Mundo, e muito menos que os serviços deverão funcionar na mesma escala ou padrão da competição”.

A 25 dias da abertura do Mundial, com o jogo entre Brasil e Croácia, ainda há obras para serem finalizadas no entorno do estádio e o forro de parte da cobertura não será instalado a tempo, o que fez com que torcedores que estavam em determinados setores do estádio tomassem chuva no final do primeiro tempo e começo do segundo.

Outro problema deverá ser a rede de dados de telefonia móvel. Segundo o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, haverá deficiência em metade dos 12 estádios da Copa, incluindo o de abertura, devido à falta de instalação de redes wifi para reforçar o sinal de Internet.

Dentro da arena, construída na zona leste de São Paulo ao custo de quase 1 bilhão de reais, falta ainda instalar parte das cadeiras provisórias, que não foram usadas neste jogo oficial. Serão cerca de 20.000 assentos temporários, para aumentar a capacidade para os 68.000 lugares.

Durante a colocação destas cadeiras um operário morreu no final de março, ao cair de uma altura de 8 metros. O acidente causou a paralisação temporária dos trabalhos no local.

A obra ficou marcada ainda por outro acidente, que aconteceu em novembro do ano passado, quando um guindaste caiu ao tentar içar o último módulo da estrutura da cobertura metálica. Dois funcionários morreram e parte do estádio foi danificada. No total, oito pessoas morreram trabalhando em estádios da Copa.

O acidente causou mais atrasos à obra, que deveria ter sido entregue em dezembro do ano passado. Dos 12 estádios do Mundial, apenas as arenas de Belo Horizonte e Fortaleza cumpriram o prazo estabelecido pela Fifa.

 

METRÔ E TREM PERTO

O COL disse que testou no jogo Corinthians x Figueirense 12 áreas de serviço, incluindo a segurança, com cerca de 700 agentes, a tecnologia e o transporte, este último bastante elogiado pelos torcedores, uma vez que há metrô e trem perto da arena.

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“Vim de metrô e deu tudo certo. Não peguei fila para nada”, disse o assistente contábil Thiago Alves, que viajou de Florianópolis a São Paulo para ver o seu Corinthians jogar.

Quem foi de carro, no entanto, enfrentou obstáculos, porque os estacionamentos não estavam disponíveis no evento-teste. Outro problema conhecido do futebol brasileiro que estava presente eram os cambistas, que ofereciam ingressos por até 500 reais.

Antes deste domingo, a Arena Corinthians tinha realizado apenas eventos de pequeno porte. A partir da semana que vem, a Fifa assumirá o estádio e realizará mais testes até o jogo de abertura, em 12 de junho.

Alguns impasses cercaram o estádio paulista para a Copa. Primeiro, houve a dúvida sobre qual estádio sediaria os jogos da competição. O Morumbi, apontado inicialmente como a escolha de São Paulo, foi descartado por não ter apresentado as garantias financeiras necessárias para a sua reforma, de acordo com os organizadores.

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Foi então que surgiu como opção a arena que o Corinthians estudava construir em Itaquera. Mas entraves burocráticos atrasaram o início das obras e só em 30 de maio de 2011 começou a construção, quase quatro anos depois que o Brasil ganhou o direito de sediar o Mundial.

“O estádio está lindo. Agora acabou a piada”, afirmou a assistente administrativa Patrícia de Oliveira, refererindo-se às provocações de torcedores rivais sobre o Corinthians não ter estádio.

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