Um protesto organizado pelo MPL (Movimento Passe Livre) para comemorar um ano dos protestos que terminaram com a manutenção da tarifa de ônibus em R$ 3 terminou com agências bancárias e concessionárias depredadas. Ninguém foi preso.
A manifestação, que contou com a presença de cerca de 1,3 mil pessoas, teve início às 15h na avenida Paulista.
O grupo seguiu para a avenida Rebouças, bloqueando todas as pistas, no sentido Consolação. Eles levavam bonecos satirizando o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o prefeito Fernando Haddad (PT).
Na Rebouças, um grupo de mascarados se juntou à manifestação, que seguiu em direção à marginal Pinheiros. No momento, apenas a CET e um helicóptero da PM acompanhavam o protesto. Agências bancárias foram depredadas e prédios, pichados. Alguns integrantes do MPL conseguiram convencer os black blocs a parar com as depredações.
Leia também:
•Perícia analisa danos a carros durante protesto em São Paulo
Na marginal, o vandalismo recomeçou. Mascarados invadiram duas concessionárias e quebraram carros importados, usando até extintores de incêndio. Ao todo, 12 veículos de duas concessionárias foram
apedrejados no protesto. Nesta manhã, o cenário permanecia com os automóveis avariados e as pedras usadas para destruí-los.
Os manifestantes só liberaram as pistas da Marginal quando a Tropa de Choque chegou. O grupo se dispersou por Pinheiros. Houve confronto.
Os mascarados dispararam rojões contra os policiais, que revidaram com bombas de gás. Bicicletas de uma estação de empréstimo foram quebradas e bandeiras do Brasil arrancadas de carros estacionados.
Questionada sobre a falta de policiamento durante o protesto, a PM informou que decidiu acompanhar o ato “de uma forma diferente”. Um ônibus da PM e policiais em moto seguiram o grupo por vias paralelas. Nos atos anteriores, a PM costumava montar um cordão com policiais nas laterais do protesto.
