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Mais de oito milhões de pessoas na Grande São Paulo já estão sendo abastecidas pelo chamado volume morto do Sistema Cantareira. Neste domingo, o nível do reservatório atingiu 18,2%, e segundo a Sabesp, sem a água retirada do fundo das represas, estaria com 0% da capacidade.
O engenheiro hidráulico e membro do Conselho Superior de Meio Ambiente da Fiesp, Júlio Cerqueira César Neto, afirma que se o racionamento tivesse sido adotado, a situação poderia ser diferente.
Assim como o volume útil se esgotou, a água retirada do fundo das represas deve acabar no final do ano. De acordo com o especialista, sem o volume morto, o rodízio terá de ser obrigatório.
O engenheiro hidráulico Júlio Cerqueira César Neto explica que todos os sistemas de captação e distribuição de água são projetados para superar variações de chuva.
Ele ressalta que a região metropolitana de São Paulo passa por esse problema por fata de investimentos.
Júlio Cerqueira César Neto ainda destaca que utilizar poços artesianos ou até mesmo a transposição do Rio Paraíba do Sul – que abastece o Rio de Janeiro – não são soluções para a falta d’água em São Paulo.