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Washington condiciona ajuda a novo governo no Iraque

Integrantes de minoria étnica fogem de violência | Rodi Said/Reuters

O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, disse nesta terça-feira que Washington considera ampliar a assistência militar, econômica e política ao Iraque. Os EUA, entretanto, condicionam isso à formação de um novo governo no país.

Kerry pediu ao novo premiê do Iraque, Haider al-Abadi, que forme rapidamente um novo governo. Segundo ele, os líderes iraquianos precisam reconquistar a confiança de seus cidadãos, com medidas para demonstrar sua determinação.

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Abadi, nomeado pelo presidente Fouad Masoum na segunda-feira, ainda enfrenta oposição no país, onde seu colega de partido e também xiita Nuri al-Maliki se recusou a deixar o cargo após oito anos que alienaram a minoria sunita, que já foi dominante, e afastaram Washington e Teerã.

Mas milícias xiitas e comandantes do Exército leais a Maliki insinuaram que apoiam a mudança. Há também apoio nas ruas, em uma população temerosa de um novo mergulho em um banho de sangue sectário e étnico. A Turquia e a Arábia Saudita, vizinhos sunitas, também acolheram a indicação de Abadi.

O Irã, alarmado com o avanço do militantes sunitas do Estado Islâmico, também demonstrou apoio.

 

Não interferência

Um comunicado do gabinete de Maliki informou que ele se reuniu com autoridades de alto escalão da segurança e com comandantes da polícia e do Exército para exortá-los a “não interferir na crise política”.

Ao menos 17 pessoas foram mortas por dois carros-bomba em áreas xiitas de Bagdá, em um tipo de ataque que tem se tornado comum.

Potências ocidentais e agências internacionais de ajuda cogitam aumentar o auxílio a dezenas de milhares de pessoas expulsas de casa e ameaçadas pelos militantes do Estado Islâmico perto da fronteira síria, como os integrantes da minoria étnica yazidi.

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