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Ataques contra o Estado Islâmico matam ao menos 19 na Síria

Abadi, do Iraque, encontrou-se com Obama | Kevin Lamarque/Reuters

O Observatório Sírio de Direitos Humanos, grupo que monitora a guerra civil no país, disse nesta quinta-feira que ao menos 19 pessoas morreram em bombardeios da coalizão internacional liderada pelos EUA contra alvos do (EI) Estado Islâmico nas províncias sírias de Deir al-Zor e Hasaka. Cinco das vítimas seriam civis.

O porta-voz do Pentágono, John Kirby, disse que os ataques tinham como alvos 12 refinarias que produziam entre 300 e 500 barris de petróleo por dia e geravam US$ 2 milhões de receitas diárias ao EI. De acordo com o Pentágono, o grupo vende o petróleo contrabandeado a intermediários em países vizinhos.

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Segundo Kirby, aviões da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes Unidos participaram nos bombardeios mais recentes. A coalizão liderada por Washington começou a atacar alvos do EI na Síria na terça-feira.

Segurança em Nova York

Depois dos ataques na Síria, as autoridades de Nova York decidiram reforçar a segurança na cidade. O FBI disse que as operações dos EUA na Síria e no Iraque poderiam estimular a realização de atentados dentro de território norte-americano.

Planos do EI

Mais tarde, o premiê iraquiano, Haider al-Abadi, empossado recentemente, com apoio dos EUA, disse, em Nova York, que a inteligência do Iraque havia descoberto planos do EI de realizar ataques contra os EUA e a França. Paris também faz parte da coalizão internacional liderada por Washington contra o grupo terrorista.

“Hoje, aqui (em Nova York), recebi relatórios precisos de Bagdá, onde ocorreu a detenção de alguns elementos, e há redes planejando ataques de dentro do Iraque”, disse Abadi. “Eles planejam conduzir ataques nos metrôs de Paris e dos EUA. A partir dos detalhes que recebi, sim, parece crível”. Segundo ele, o plano envolveria militantes estrangeiros do EI no Iraque, como norte-americanos e franceses.

Autoridades dos EUA disseram não ter provas suficientes para confirmar a informação de Abadi.

Segundo Rouhani, ‘certas agências’ são culpadas por EI | M. Segar/Reuters

Na ONU, presidente do Irã acusa Ocidente por ‘erros’

O presidente do Irã, Hassan Rouhani, acusou nesta quinta o Ocidente de cometer “erros estratégicos” na luta contra o EI (Estado Islâmico). Segundo ele, tais erros possibilitaram a criação de “refúgios seguros” para terroristas. As declarações de Rouhani foram feitas durante seu discurso na 69ª Assembleia Geral da ONU.

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Segundo Rouhani, os mesmos erros estão se repetindo na luta recente contra o EI no Iraque e na Síria. “Acredito que se os países reivindicando a liderança na coalizão estiverem fazendo isso para continuar sua hegemonia na região, eles estão cometendo um erro estratégico”, disse. “A solução correta para esse dilema vem de dentro da região com o apoio internacional, e não de fora”.

‘Lâminas’

O presidente iraniano aproveitou o palanque diante dos 193 Estados-membros da ONU para culpar “alguns Estados e agências de inteligência” por apoiar e financiar o aumento do extremismo e da violência no Oriente Médio. “Algumas agências de inteligência colocaram lâminas na mão de loucos, que agora não poupam ninguém”, disse Rouhani. “Todos os que tiveram algum papel em fundar ou apoiar esses grupos terroristas devem reconhecer seus erros”, defendeu.

“Extremistas do mundo todo estão unidos”, afirmou Rouhani. E questionou: “Mas nós estamos unidos contra eles?” O presidente disse ainda que Teerã apoia ações para combater o radicalismo, as agressões e as ameaças do EI.

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O presidente sírio, Bashar al-Assad, principal aliado de Teerã, tem culpado países como Catar, Arábia Saudita, Turquia, EUA e outras nações ocidentais pela ascensão do EI.

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