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Os pilotos da Air France mantêm a greve, que entrou em seu 11º dia nesta quinta-feira, anunciou o principal sindicato, depois que a direção da companhia aérea aceitou retirar o projeto de expansão de uma filial de baixo custo.
O sindicato SNPL apresentou uma contraproposta, que está sendo examinada pela direção, afirmou o porta-voz Guillaume Schmid. As negociações serão retomadas durante a tarde, segundo Schmid.
A direção da Air France propôs na quarta-feira à noite a retirada imediata do projeto de expansão na Europa da filial de baixo custo Transavia, com a esperança de uma «retomada imediata» da atividade, após 10 dias de uma paralisação que deixou 50% da frota em terra.
O governo francês fez um apelo pelo fim imediato da greve.
Histórico
A greve, que começou no 15 de setembro, tem um nível de participação histórico (73,71%), de acordo com o presidente do sindicato, Jean-Louis Barber, que não descartou que o movimento possa ser ampliado por ainda mais tempo se a direção continuar se recusando a negociar.
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Os pilotos estão em greve contra os planos do grupo Air France-KLM de expandir a filial Transavia para competir com outras companhias low-cost, como a irlandesa Ryanair e a britânica Easyjet.
Os sindicatos temem que a empresa queira reduzir custos recorrendo mais à Transavia, onde os pilotos recebem salários mais baixos, em detrimento das operações da Air France.
Os pilotos temem também que este plano de desenvolvimento da Transavia seja acompanhado por cortes de postos de trabalho à medida que a companhia aumentar sus bases fora da França e contratar pilotos em outros países.
A Air France, segunda maior empresa de transporte aéreo na Europa, atrás apenas da alemã Lufthansa, calcula que a greve, a maior da companhia desde 1998, representa perdas de entre 15 e 20 milhões de euros por dia.