Em assembleia nacional, os aeronautas – comandantes, comissários e copilotos – decidiram suspender a paralisação diária de uma hora, das 6h às 7h, iniciada na manhã desta quinta-feira (22). De acordo com o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), a categoria vai esperar o resultado da negociação, mediada pela Justiça, para decidir o futuro do movimento.
De acordo com o SNA, está agendada para as 14h desta sexta (23) a primeira reunião de conciliação, no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília. Ainda não há informação sobre as assembleias realizadas pelos aeroviários – trabalhadores dos aeroportos.
A paralisação de aeronautas e aeroviários, no início da manhã desta quinta (22), causou atraso e cancelamento nos voos domésticos. As categorias pedem aumento de 8,5% nos salários e benefícios, melhores condições de trabalho e o estabelecimento de piso salarial para os agentes que fazem check-in, entre outras reivindicações.
A proposta do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) e da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) inclui reajuste de 6,5% para os salários e de 8% para alguns benefícios.
Aeroviários seguem aeronautas e suspendem paralisação
Aeronautas e aeroviários do Rio de Janeiro decidiram suspender temporariamente o movimento iniciado nesta quinta com paralisações diárias das 6h às 7h. A decisão foi tomada durante assembleia geral na tarde desta quinta-feira por pilotos, copilotos, comissários, operadores aéreos e colaboradores em terra, em função de uma nova oportunidade de conciliação com as empresas aéreas.
A nova rodada de negociações ocorrerá nesta sexta, entre a Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil (Fentac) e o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea), no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília, onde os aeroviários e aeronautas devem tomar conhecimento de uma proposta das empresas aéreas.
Entre as reivindicações dos profissionais, estão o reajuste salarial de 8,5%, a ampliação do número de folgas, jornadas menos cansativas e a limitação das madrugadas consecutivas em trabalho. De acordo com a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), até as 11h, 15 voos domésticos foram atrasados e 13 cancelados, dos 59 programados, no aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, como consequência da paralisação.
Para as companhias aéreas, que integram a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), e o Snea, a paralisação teve impacto mínimo para aos passageiros. No entanto, ainda assim o movimento afetou mais de 20% da operação prevista, não garantindo efetivo mínimo de 80% dos colaboradores, conforme estabelecido pelo TST.