Em meio à suspeita de participação no esquema da Lava Jato, o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, foi exonerado ontem da função de conselheiro da usina de Itaipu.
O petista ocupava o cargo desde 2003, por indicação da então ministra de Minas e Energia Dilma Rousseff. Os mandatos são de quatro anos e foram renovados em duas oportunidades. O ex-chefe de gabinete da Presidência da República Giles Azevedo será o substituto, e concluirá o mandato de Vaccari, que vai até maio de 2016.
A saída do tesoureiro do cargo era iminente. Em outubro, após o segundo turno das eleições, ele afirmou que estava sendo ‘injustamente acusado’ e manifestou o desejo de deixar a cadeira de conselheiro para se defender das denúncias.
O conselho de administração da Itaipu binacional é formado por 12 conselheiros — seis paraguaios e seis brasileiros — e se reúne a cada dois meses, ou seja, seis reuniões por ano.
Desde 2010, Vaccari responde a uma denúncia de desvio de dinheiro da Bancoop, cooperativa de crédito habitacional.
Operador dos desvios
O tesoureiro do PT, João Vaccari, é citado em depoimentos como mediador da captação e distribuição de recursos dos devios de obras na Petrobras.
O doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa citaram que petista arrecadava para o PT propina equivalente a 1% dos contratos assinados pela diretoria de serviço.
Vaccari nega as acusações.