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Os movimentos que organizam o ato contra a presidente Dilma Rousseff, marcado para domingo, na avenida Paulista, querem isolar os grupos que pedem a volta dos militares.
O MBL (Movimento Brasil Livre) chegou a entrar com um pedido de liminar na Justiça para garantir uma distância mínima entre seus carros de som e os dos defensores de uma intervenção militar. A medida gerou troca de provações no Facebook.
Ontem, o SOS Forças Armadas concordou em colocar seus caminhões na parte da avenida mais próxima ao Paraíso –entre a rua Maria Figueiredo e a alameda Campinas. O MBL ficará em frente ao Masp. Já o Vem Para Rua, ocupará a esquina da Paulista com a Pamplona.
Os dois grupos defendem o impeachment da presidente Dilma Rousseff, mas dentro da legalidade e com a manutenção da democracia.
Na manifestação anterior, o Vem Para Rua pedia a punição dos responsáveis pela corrupção na Petrobras, mas afirmava que ainda não havia base legal para que a saída da presidente fosse proposta. Segundo Rogério Chequer, um dos líderes do movimento, a adoção do “Fora Dilma”é uma resposta a um pedido da população.
No primeiro protesto, realizado no dia 15 de março, a Paulista recebeu 240 mil, segundo o Datafolha, e 1 milhão, de acordo com a Polícia Militar.
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Bloqueio
A PM (Polícia Militar) irá bloquear toda a extensão da Paulista a partir do meio-dia. Os carros não poderão trafegar no trecho entre as praças do Ciclista e Oswaldo Cruz. Cerca de 200 policiais irão atuar no protesto. O comando da polícia informou que não proibirá os selfies entre policiais e participantes do ato.
A pedido da direção do Masp, que alegou risco de acidentes, será feito um cordão de isolamento para impedir o acesso ao vão livre. O Metrô irá manter todas as estações que dão acesso à Paulista funcionando.
Jogo político
Por meio de mensagens no Whatsapp, líderes do PSDB convocavam os militantes a comparecer no ato. No Planalto, a orientação é acompanhar os protestos para, depois, avaliar se haverá uma nova fala oficial do governo em resposta aos atos.
Atos ocorrerão em 500 cidades
O MBL e o Vem Para Rua marcaram atos em mais 500 cidades para este domingo. As manifestações irão ocorrer em 26 capitais e no Distrito Federal.
Em Belo Horizonte (MG), os grupos irão se encontrar a partir das 10h, na praça da Liberdade. Já em Curitiba (PR), a manifestação contra a presidente começa às 14h, na praça Santos Andrade.
No Rio de Janeiro, os organizadores irão realizar uma caminhada, a partir das 11h. A concentração será no posto 5, na orla de Copacabana. Em Porto Alegre (RS), a previsão é de que, no mínimo, 30 mil pessoas, participem do ato marcado para o parque Moinho de Vento, às 15h. Em Brasília, a concentração será em frente ao Museu da República, às 9h30. O ato contará com um reforço no policiamento para evitar confrontos com grupos que apoiam o governo e que podem aparecer no ato de domingo.
No Facebook, integrantes do Vem Para Rua e do MBL informam que também irão ocorrer atos nos Estados Unidos, Reino Unido, Portugal, Suiça, Chile, e Argentina.