Agentes de nove unidades prisionais do Estado de São Paulo decidiram entrar em greve neste domingo. Funcionários de sete unidades do complexo Campinas-Hortolândia, o CDP (Centro de Detenção Provisória) de Americana e a penitenciária de Valparaíso pararam as atividades.
Exceto a penitenciária de Valparaíso, todos os presídios com agentes em greve suspenderam as visitas de familiares neste domingo. A decisão gerou revolta por parte de parentes de presos que aguardavam nas filas.
fInicialmente, a paralisação seria iniciada nesta segunda-feira, mas foi antecipada após o assassinato do agente Rodrigo Ballera Miguel Lopes, de 33 anos, que trabalhava no CDP de Campinas, e das agressões contra quatro agentes, registradas no CDP-4 de Pinheiros e em três na penitenciária de São José dos Campos.
Lopes foi o oitavo agente penitenciário assassinado este ano. Segundo líderes sindicais, os crimes foram encomendados pelo PCC (Primeiro Comando da Capital), facção que controla os presídios paulistas.
Além de mais segurança para os trabalhadores, a categoria reivindica reajuste de 35% sobre os salários e pede a anulação das punições contra 32 agentes que participaram da greve da categoria no ano passado.
De acordo com o Sindasp (Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo), apenas os serviços de alimentação e emergência médica dos presos serão mantidos.