A Polícia Federal (PF) indiciou o presidente da empresa Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, o ex-presidente da empreiteira Rogério Nora de Sá e os executivos da empreiteira Elton Negrão de Azevedo Júnior, Paulo Roberto Dalmazzo, Flávio Magalhães e Antonio Pedro Campello. Todos são indiciados por lavagem de dinheiro, corrupção ativa, fraude em licitação e crime contra a ordem tributária. O indiciamento foi apresentado no domingo (19), quando encerrou-se o prazo do inquérito instaurado a partir da 14ª fase da Operação Lava Jato, que investiga fraudes e pagamentos de propinas em obras na Petrobras.
Segundo o relatório da PF encaminhado à Justiça, planilhas apreendidas nesta operação mostram que as empresas que participavam do cartel de empreiteiras teriam combinado o resultado de licitações de obras, no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) e na Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco, quatro meses antes da abertura das propostas da licitação.
“Conforme mencionado anteriormente trata-se de uma seleção de obras em relação as quais há indícios veementes de ajuste, especialmente no Comperj e na Rnest, o que se extrai não apenas da fala de colaboradores, mas de evidências apreendidas no curso da operação”, informa a PF.
A partir de agora, o Ministério Público tem prazo até sexta-feira (24) para decidir se apresenta denúncia contra os indiciados. Caso o Ministério Público entenda pelo acatamento da denúncia e ela seja aceita pelo juiz responsável pelo inquérito da Lava Jato, Sérgio Moro, os indiciados se tornarão réus.