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Só metade dos planos de saúde individuais indicados pela ANS são realmente vendidos

Está cada vez mais difícil conseguir um plano de saúde individual/familiar. Pesquisa do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) constatou que das opções listadas no site da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), apenas metade é de fato vendida pelas operadoras.

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O levantamento considerou planos de cobertura completa e abrangência nacional ou estadual oferecidos pelas 10 maiores operadoras de cada Estado em todas as capitais brasileiras.  Ao todo, foram avaliados 169 planos.

“Verificamos que não é possível contratar 35% dos planos. Em 11% dos casos, as informações eram confusas, o que inviabilizava a contratação. E 4% dos planos tinham uma abrangência geográfica diferente da informada”, diz a advogada do Idec Joana Cruz.

Além de raros, os planos individuais também são inacessíveis financeiramente, podendo comprometer até 40% da renda do consumidor. O custo médio dos planos nacionais analisados pelo Idec é de R$ 494,55 para uma renda média do brasileiro de R$ 1.231,76.

Para o Idec, há falta de interesse na oferta de planos individuais por eles contarem com regras mais protetivas sobre reajustes e cancelamento de contrato em comparação com os coletivos. “O mais importante é o consumidor exercer sua cidadania, participando do consultas públicas, e exigindo a regulação dos planos coletivos”, diz Joana.

Em nota, a ANS contesta a metodologia da pesquisa, destacando a falta de critérios na classificação das operadoras. Segundo a agência, das 1.199 operadoras ativas no país, 78% têm planos individuais registrados na ANS. O órgão diz ainda que estuda formas para ampliar a oferta desse tipo de plano e estimular a concorrência no setor.

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