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Além de procuradores e advogados, os prédios da Advocacia Geral da União em diferentes regiões do Brasil são frequentados por ratos, baratas e até um escorpião.
Há edifícios com rachaduras nas paredes e vazamentos. Na semana passada, o Ministério Público Federal denunciou ao Tribunal de Contas da União as condições precárias da AGU e sugeriu auditoria no órgão.
Em São Paulo, há relatos de banheiros quebrados e interditados devido à falta de pagamento de funcionários, que não vão trabalhar.
Associações que representam os profissionais que integram a Advocacia Geral da União enviaram vídeos e fotos à BandNews FM e ao Ministério Público Federal sobre os problemas da autarquia, que teve corte de 30% no orçamento. Numa das fotos, um escorpião jaz ao lado de um computador.
O Grupo Safra, dono de um dos prédios ocupados pela Procuradoria Regional da União em São Paulo, na rua da Consolação, entrou com ação de despejo por falta de pagamento. Procurado para falar a respeito, o Safra não se manifestou.
Com todo esse cenário, o índice de evasão é de mais de 40% nos cargos da AGU. Há carreiras com 500 cargos em aberto e, mesmo com concursos concluídos, os profissionais têm sido nomeados aos poucos. No ano passado, a atuação da Advocacia Geral da União devolveu aos cofres públicos R$ 625 bilhões em ações.
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Outro lado
Em nota, a AGU negou que tenha registro de que haja insetos em todas as suas instâncias, mas disse que vai averiguar e, se necessário, tomar providências.
O órgão disse ter feito diagnóstico de suas unidades em 2012 para aplicar recursos de forma prioritária nas unidades com maiores demandas de estrutura e, na ocasião, não constatou nenhuma das irregularidades agora denunciadas.