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O MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) realizou ontem um ato na avenida Paulista que reuniu 7 mil pessoas, segundo a organização. A pauta principal era a urgência no lançamento da terceira fase do programa federal Minha Casa, Minha Vida, que constrói casas para famílias de baixa renda.
O movimento cobra as garantias do governo de que os contratos serão feitos ainda neste ano. Eles se concentraram no vão livre do Masp (Museu de Arte de São Paulo) por volta das 14h30 e chegaram a bloquear todas as pistas da avenida no sentido Consolação.
A caminhada foi até o escritório da Presidência da República em São Paulo, na esquina da Avenida Paulista com a Rua Augusta. Por volta das 16h30, uma comissão de negociação formada por membros do movimento foi recebida no escritório da presidência. Estava presente a secretária nacional da Habitação, Inês Magalhães.
Da reunião, os manifestantes saíram com a promessa de que o programa seria lançado no dia 10 de setembro, como havia anunciado a presidente Dilma Rousseff no dia anterior, nas redes social Twitter. “Boa notícia! Marcamos para o dia 10 de setembro o lançamento do #MinhaCasaMinhaVida3”, afirmou.
Segundo o MTST, o governo também deu garantias de que o programa será realizado na modalidade Entidades, que é quando os próprios movimentos administram os recursos e trabalham nas obras.
O líder do MTST, Guilherme Boulos, ameaçou realizar uma série de manifestações ostensivas caso o prazo não seja cumprido. “Saímos vitoriosos. Mas, se chegar no dia 10 de setembro falarem a palavra adiamento, esse país vai pegar fogo. Vamos dar essa trégua até o dia 10”, disse.
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A terceira fase do programa contará com 3 milhões de unidades habitacionais contratadas. No total, contando as duas primeiras etapas, serão 28 milhões de residências construídas.
A PM (Polícia Militar) não fez estimativas do número de participantes no ato. Por volta das 19h, a avenida já havia sido liberada para o trânsito.