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Após espera na Hungria, imigrantes partem rumo à Áustria e à Alemanha

Centenas de imigrantes que saíram nesta segunda-feira de Budapeste (Hungria) com destino à Europa Ocidental chegaram a Viena (Áustria) e a Munique (Alemanha) após passarem horas parados na fronteira com a Áustria para controle. Todos permaneceram vários dias em acampamentos improvisados, pedindo que as autoridades os deixassem seguir viagem para tentar asilo na Alemanha, na Áustria ou em um país escandinavo. Conseguiram nesta segunda.

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Entre sexta-feira e domingo, as autoridades da Hungria interceptaram 8.792 refugiados que cruzaram a fronteira de forma ilegal. No sábado foi concluída a construção de uma cerca na fronteira com a Sérvia para conter a imigração.

A chanceler alemã, Angela Merkel, repetiu que a União Europeia deve chegar a um acordo para uma repartição equitativa dos refugiados. O país também planeja mapear quais são os países mais “seguros” para receber de volta parte dos imigrantes que estão hoje em seu território.

Merkel, que participou de coletiva de uma imprensa em Berlim, voltou a defender a criação de um sistema de cotas para o acolhimento de refugiados, ideia proposta em junho pela Comissão Europeia que foi rejeitada por vários países-membros.

A Alemanha se prepara para receber este ano 800 mil pedidos de asilo, quase 1% de sua população, quatro vezes mais que em 2014 e mais do que qualquer outro país europeu.

França terá acampamento para imigrantes

A França planeja construir um acampamento neste ano para até 1,5 mil imigrantes na cidade portuária de Calais, onde o dobro deste número vive em tendas e espera fazer a travessia pelo mar para a Grã-Bretanha.

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O vice-presidente da Comissão Europeia, Frans Timmermans, em visita a Calais com o premiê francês, Manuel Valls, disse que a Comissão Europeia iria contribuir com € 5 milhões para o novo centro, que irá abrigar pessoas em grandes tendas.

Um maior acampamento em Calais – o notório Sangatte – foi fechado há mais de uma década pelo ex-presidente conservador Nicolas Sarkozy, mas a cidade permanece como um dos “pontos-chave” no continente.

Ministros do Interior irão se encontrar agora em setembro, e líderes da União Europeia, em novembro, para tentar chegar a um acordo em uma resposta à crise que cresceu em intensidade à medida que dezenas de milhares de imigrantes tentam cruzar o Mediterrâneo para a Europa, muitos se afogando.

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