O Brasil aparece no topo do ranking de um levantamento feito pela Anistia Internacional sobre mortes causadas por forças policiais.
Só em 2012, foram 56 mil mortes no país. Em 2014, 15,6% dos homicídios ocorridos foram causados pela polícia. Os dados mostram também que, em alguns casos, as vítimas estavam rendidas, feridas ou não foram advertidas para que pudessem se entregar.
No Rio de Janeiro, entre 2010 e 2013, 99,5% dessas vítimas eram homens, quase 80% negras e 75% com idades entre 15 a 29 anos.
O levantamento mostra ainda que muitos desses casos não recebem a punição devida. A Anistia Internacional acompanhou 220 investigações envolvendo mortes provocadas por policiais no Brasil desde 2011. Um caso, apenas, teve o policial acusado formalmente pela Justiça. Em 2015, 183 investigações ainda não haviam sido concluídas.
No relatório, a Anistia sugere investigações independentes, punições em casos de abuso e regras mais rígidas de conduta para agentes da lei como ferramenta para reduzir esses números.
Estados Unidos
Ao lado do Brasil, no topo desse ranking está os Estados Unidos. Não há números oficiais que dimensionem a violência policial no país. Estatísticas sugerem, no entanto, que os números sejam bem parecidos com os do Brasil.
Boa parte das vítimas no país norte-americano é jovem e negro.
Em 2014, vale lembrar, o jovem negro Michael Brown foi morto por um policial branco, Darren Wilson, na cidade de Ferguson, que nem chegou a ser indiciado. O homicídio gerou uma onda de protestos por todo o país.
