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Sonda da Nasa revela existência de água corrente em Marte

Cientistas descobriram o primeiro indício de que água salgada pode fluir na superfície de Marte durante os meses de verão do “planeta vermelho”, revelou um estudo anunciado nesta segunda-feira pela Nasa (Agência Espacial Norte-americana). Embora a fonte e a composição da água sejam desconhecidas, a descoberta pode aguçar a especulação sobre a possibilidade de o planeta do Sistema Solar mais parecido com a Terra poder acolher vida.

Os cientistas desenvolveram uma nova técnica para analisar mapas químicos da superfície marciana obtidos pela sonda Mars Reconnaissance Orbiter. Eles encontraram faixas estreitas que aparecem na borda de algumas crateras e em algumas montanhas, de forma sazonal — suaves durante o inverno e depois crescendo e se aprofundando no verão (imagens à direita).

Os cientistas desconfiam que essas faixas, conhecidas como linhas de declive recorrentes (RSL, em inglês), são abertas pelo fluxo da água, mas ainda não haviam conseguido medi-las.

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“Achei que não havia esperança”, disse à “Reuters” Lujendra Ojha, estudante de graduação no Instituto de Tecnologia da Geórgia e principal autor do estudo presente na edição desta semana do periódico “Nature Geoscience”. A Mars Reconnaissance Orbiter faz medições durante a parte mais quente do dia marciano, por isso os cientistas acreditavam que quaisquer indícios de água teriam se evaporado.

Além disso, o instrumento de detecção química na sonda orbital não consegue especificar detalhes tão pequenos quanto as faixas, que costumam ter menos de 5 metros de largura. Mas Ojha e seus colegas criaram um programa de computador que consegue esmiuçar pixels individuais. Esses dados depois foram correlacionados com as imagens de alta resolução das faixas. Os cientistas se concentraram nas mais largas e encontraram uma combinação entre suas localizações e a detecção de sais hidratados.

A descoberta “confirma que a água está desempenhando um papel nestas características”, afirmou Alfred McEwen, cientista planetário da Universidade do Arizona. “Não sabemos se está vindo da subsuperfície. Pode ser da atmosfera.”

Coincidência ou não

Nesta semana entra em cartaz “Perdido em Marte”, estrelado por Matt Damon.  (clique aqui e leia mais)

Nasa/JPL/Universidade do Arizona

Nasa/JPL/Universidade do Arizona

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Nasa/JPL/Universidade do Arizona

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