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Estudantes ocupam escola em protesto à reorganização do ensino em SP

Alunos ocupam escola em protesto à mudanças na educação em São Paulo | Luiz Carlos Murauskas/Folhapress

A diretora de ensino da região de Pinheiros, Rosângela Valim, em entrevista à Rádio Bandeirantes, afirmou que a Secretaria Estadual da Educação pediu a reintegração de posse da Escola Estadual Fernão Dias Paes, em Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, a qual está com o prédio e o lado de fora ocupados por cerca de 15 estudantes nesta quarta-feira, em manifestação contra o fechamento de unidades para a reorganização da rede de ensino paulista. Atrás de um cordão de isolamento feito pela Polícia Militar, há outros 200 manifestantes.

Alunos e professores foram impedidos de entrar. De acordo com a Secretaria da Educação, entre os manifestantes, há pessoas que não estudam na escola. A pasta, que pediu a reintegração nesta quarta-feira, já registrou boletim de ocorrência por depredação do patrimônio.

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Desde o início do mês passado, quando a proposta da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo prevendo o fechamento de estabelecimentos de ensino com pouca demanda e a transferência de alunos foi comunicada para os diretores das unidades, vários protestos foram realizados no estado.

No dia 26 de outubro, a Secretaria de Educação confirmou que 94 escolas serão fechadas por causa do processo de reorganização da rede estadual, cujo objetivo é segmentar as escolas em três grupos (anos iniciais e finais do ensino fundamental e ensino médio), conforma o ciclo escolar.

A estimativa da secretaria é de que 311 mil alunos tenham de mudar de escola em 2016. De acordo com a secretaria, será respeitado o limite de 1,5 quilômetro de distância para o deslocamento dos estudantes.

Segundo o secretário estadual da Educação, Herman Voorwald, as escolas que forem desocupadas após a reorganização promovida pelo governo do Estado de São Paulo continuarão sendo usadas para fins educacionais. Em entrevista à Rádio Bandeirantes na semana passada, ele disse que a pasta está negociando parcerias com o objetivo de implantar, por exemplo, cursos profissionalizantes nos prédios que ficarem ociosos. Outra meta é transformar os locais em centros de ensino para pessoas que não conseguiram concluir os estudos na idade adequada.

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