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Um paciente foi contaminado por zika vírus após passar por transfusão de sangue em Campinas. Realizado em maio, o procedimento ocorreu no Hemocentro da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e o contágio foi confirmado ontem pela Secretaria Estadual de Saúde.
Esse é o primeiro caso de zika vírus transmitido por transfusão no Brasil. Até então, a forma mais conhecida de contágio é pelo mosquito Aedes aegypti (o mesmo transmissor da dengue e chikungunya). Com essa contaminação, sobe para três o número de casos no Estado de São Paulo.
O homem que foi contaminado com a transfusão recebeu sangue de outro homem, que realizou a doação sem saber que tinha a doença. Os dois pacientes passam bem.
De acordo com a Saúde, no momento não há outro caso de infecção por zika transfusional em investigação no estado.
Segundo o representante da Secretaria de Saúde e médico infectologista do Instituto Emílio Ribas, Jean Gorinchteyn, os profissionais de saúde checarão se os doadores de sangue podem ter o zika vírus. Se for constatado algum tipo de suspeita, o doador será desconsiderado.
Em novembro, o Ministério da Saúde afirmou que a microcefalia (má-formação no cérebro) pode ser causada pelo zika vírus. Vinte Estados entraram no mapa da doença em recém-nascidos por suspeita de relação com o vírus. Atualmente, 11 casos de microcefalia possivelmente relacionados com zika estão sendo investigados na região. Estado e municípios ainda apuram os casos suspeitos.