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A vice-presidente do governo espanhol, Soraya Sáenz de Santamaría, anunciou neste domingo a vitória do Partido Popular nas eleições legislativas realizadas hoje no país. Ao todo, o PP conseguiu eleger 121 deputados, com 97% das urnas apuradas.
Logo após o anunciou, o secretário-geral do Podemos – partido de esquerda que ficou em terceiro lugar – Pablo Iglesias, reafirmou que os resultados da eleições gerais em Espanha indicam «o fim do bipartidismo» e considerou como prioridade do seu partido uma reforma constitucional ampla.
«Hoje nasceu uma nova Espanha. Inaugura-se uma nova etapa política no país. As forças da mudança obtiveram mais de 20% dos votos, mais de 5 milhões de votos em todo o país», afirmou Pablo Iglesias, numa referência ao seu partido e às formações «irmãs» que apoiou, o En Comú Podem, da Catalunha, o Compromís, da Comunidade Valenciana e o En Mareas, da Galiza.
Iglesias recordou que o Podemos foi a força mais votada na Catalunha e no País Basco e a segunda mais votada em comunidades como Madrid e Galiza – em ambos os casos atrás do PP. Com 97% dos votos escrutinados, o PP regista 121 deputados, seguido do PSOE – com 92 -, do Podemos, que estreia no parlamento com 69 deputados, e do Ciudadanos, com 40 assentos.
O líder do Podemos destacou que o PP, de Mariano Rajoy, obteve o seu pior resultado desde 1989 e o PSOE, de Pedro Sánchez, o seu pior resultado desde que há democracia em Espanha (1977). «Acabou-se o sistema da rotação [de poder] em Espanha, acabou-se o bipartidismo. Somos a única força política de âmbito estatal capaz de liderar um acordo plurinacional que respeite as forças da mudança, que os espanhóis pedem», disse Pablo Iglesias.
Ele enumerou suas prioridades: «em primeiro lugar a blindagem dos direitos sociais na constituição», defendendo o direito à habitação contra os despejos, a saúde pública e a educação.
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Também recordou como prioridade do seu programa uma reforma do sistema eleitoral, «imprescindível e inadiável», que permita o desenvolvimento «plurinacional de Espanha» e uma moção de confiança ao governo em caso de não cumprimento do seu programa.
«Estamos começando uma nova era política no nosso país e a nossa agenda, antes de mais, é a reforma constitucional», disse Iglesias, ao ser questionado sobre possíveis acordos com outras formações para formar o governo ou para a votação de investidura do presidente do Governo.