A alta do dólar para R$ 4,16, recorde histórico desde a criação do plano real, promete impactar, entre outros, no bolso de quem fez compras no exterior com cartão de crédito e precisa pagá-las agora. O alerta é de Marcos Silvestre, colunista de finanças da BandNews FM.
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“A gente sempre tem orientado os turistas a optar pelo cartão de débito internacional, aquele que você faz a carga no seu país, ou até no exterior, via internet banking, mas fechando a cotação no dia em que você está comprando”, diz.
Quem também deve sofrer com o preço do dólar nas alturas é o setor de alimentos, como destaca o analista financeiro Miguel Daoud. “O risco é que o Brasil ainda tem uma dependência muito grande de produtos importados. Grande parte dos insumos agrícolas está em dólar, então, haverá um aumento nesse setor”, avalia.
“Grande parte da nossa agropecuária não é exportação. Quatro milhões e meio de pequenos produtores não exportam nada, são aqueles que estão embutidos nesse custo (com insumos agrícolas) e depois colocam o alimento na mesa dos brasileiros. Então, isso pode gerar um impacto no preço desses alimentos”, completa Daoud.
No exterior, o câmbio foi pressionado na última quinta-feira pela preocupação dos investidores com a desaceleração da economia da China e a queda no preço do petróleo. Segundo apurou a reportagem da BandNews FM, diversas corretoras por aqui vendiam a moeda americana a até R$ 4,40 no fim da tarde de quinta-feira.
