O artista de circo Renato Henrique Teixeira, que caiu de um carro alegórico da X-9 Paulistana, recebeu alta da Santa Casa de Misericódia. A informação foi confirmada na manhã desta segunda-feira pelo hospital.
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Nicolas Rosa, amigo da vítima que estava no local, disse que ele passa bem e já fala, apesar da dor. “Nesta quarta-feira, Renato será avaliado por um ortopedista de coluna e vamos descobrir o que fazer”, explicou. O acidente aconteceu pouco antes do desfile da no Grupo Especial na madrugada de domingo.
Renato foi socorrido pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e levado para a Santa Casa. Uma tomografia confirmou a fratura na coluna vertebral.
Sobre a atenção da escola depois do acidente, Nicolas contou que foi difícil convencê-los a pagar por um cinto ortopédico, necessário no tratamento de Renato. “Eles foram um pouco relutantes. A gente teve que insistir muito para eles poderem comprar um cinto, que era de proteção para a própria coluna do Renato”, falou o amigo à rádio BandNews FM. “A gente só queria o bem estar do nosso amigo. Eles estavam pensando mais na escola do que com a pessoa que foi prejudicada”, completou.
Nicolas, que também estava no carro alegórico que lembrava uma caravela, falou a princípio a alegoria seria composta por integrantes da escola de samba. “A caravela era muito alta [cerca de 13 metros], então eles preferiram chamar artistas circenses, que já são experientes, acostumados com altura. Nós somos mais adaptados. Por isso que eles nos convidaram”, disse.
Dois carros alegóricos da escola, além da comissão de frente, também apresentaram problemas. Outras duas pessoas também caíram de carros durante o desfile, mas, segundo a escola, elas teriam passado mal.
Procurada desde domingo à noite pelo Portal da Band, a assessoria de imprensa da X-9 Paulistana não atendeu a reportagem.
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O acidente
Dez minutos antes da entrada da escola no Sambódromo do Anhembi, na zona norte de São Paulo, Renato Henrique Teixeira, um dos integrantes da alegoria, caiu de uma altura de 13 metros e fraturou a coluna. Cerca de 20 pessoas estavam em cima da vela, usando cinto, quando a estrutura começou a tombar para frente. “O bombeiro falou para a gente se soltar do cinto. Todo mundo conseguiu e começamos a correr para o guindaste de novo, mas aí perceberam que estava faltando uma pessoa”, contou Nicolas Rosa.
Gustavo, outro amigo da vítima, que não quis revelar o sobrenome, disse que Renato caiu porque foi a última pessoa a entrar no carro e provavelmente não teve tempo de afivelar o cinto. Segundo ele, todos tinham treinamento circense e participaram de dois ensaios, mas nenhum foi feito em cima do carro alegórico. Gustavo diz só ter visto a estrutura do carro no momento do desfile.
Ainda de acordo com o amigo da vítima, algumas pessoas específicas puderam ver o carro antes e pedir algumas alterações, mantidas em sigilo.
“Não foi assinado absolutamente nada”, disse Gustavo sobre qualquer termo de responsabilidade ou ciência de risco.