A notícia de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi levado para prestar depoimento na Polícia Federal, em São Paulo, foi manchete na imprensa da América Latina e dividiu opiniões. Na Argentina, o canal de televisão Todo Noticias acompanhou os acontecimentos no Brasil ao vivo e seus comentaristas falaram sobre a proposta do atual governo argentino de adotar no país a delação premiada (quando um investigado firma acordo para dar informações sobre um crime em troca de redução de pena) e como esse tipo de acordo poderia ajudar na investigação de escândalos de corrupção envolvendo governos anteriores.
Os jornais Clarín e La Nación – que têm correspondentes no Brasil – explicaram, aos leitores, o esquema de corrupção investigado na Petrobras e os motivos que levaram a Justiça a investigar Lula. O jornal Pagina 12 disse que a operação de hoje que levou o ex-presidente a depor “tem cheiro de perseguição”.
Os canal de televisão Telesur deu como manchete o apoio das organizações sociais ao ex-presidente e ouviu especialistas que argumentaram que partidos de direita estariam se mobilizando para impedir que Lula se candidate à Presidência da República em 2018.
O jornal chileno, El Mercurio, assim como o paraguaio ABC Color citaram declarações de integrantes de partidos da oposição no Brasil que dizem que este é “o princípio do fim de [Dilma] Rousseff”.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, reagiu sobre a operação policial pela rede socialTwitter: “Desse ataque miserável, você [Lula] saíra mais forte; Venezuela te abraça”, escreveu.
Deputados reagem no Congresso a envolvimento de Lula na Lava Jato