Brasil

Temer deve adotar tom de pacificação em discurso de posse

Michel Temer está preocupado com a pacificação do país e pretende amenizar as tensões sociais. A informação é do conselheiro político do vice-presidente Gaudêncio Torquato, que nesta quarta-feira falou à Radio Bandeirantes.

«Ele quer consolidar programas sociais e encontrar caminhos econômicos. Questões fiscais e de previdência também serão revistas. Claro que nos dois anos ele não terá tempo de fazer tudo isso, mas ele vai tentar abrir diversas reformas», afirmou o jornalista e cientista político.

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Caso a presidente Dilma Rousseff seja afastada da presidência, Temer deve fazer um pronunciamento à nação nesta quinta-feira, dia 12. O discurso deve durar cerca de 10 minutos.

TEMPO REAL: siga a repercussão sobre a sessão do impeachment

«Não estou por dentro do que vai ser falado. Eu sei um pouco sobre as ideias, mas não deve ter referência à presidente Dilma. Não deve haver um bate-boca, não é momento para isso. Devemos mostra um posicionamento forte de que as coisas vão ser mudadas com uma nova gestão», adiantou Torquato.

A previsão é de que Temer também elogie a Lava Jato e destaque a importância do judiciário. «Eu dou ideias, mas de certa forma, ele já sabe bem o que dizer», afirmou o conselheiro.

Filho e esposa de Temer chegam à tarde

Enquanto o Senado Federal faz sessão extraordinária para decidir a admissibilidade do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, o vice-presidente da República Michel Temer dá continuidade às articulações para a formação de seu governo, no caso da presidenta ser afastada.

Temer começou a manhã desta quarta reunido com deputados federais da bancada do PMDB de Minas Gerais e o vice-governador do Estado, Antônio Andrade, no Palácio do Jaburu. Pela tarde, a esposa e o filho do vice-presidente chegam a Brasília para acompanhar ao lado de Temer o resultado da votação.

Entre os deputados mineiros pemedebistas estão Saraiva Felipe e Leonardo Quintão. O ex-ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, também está no Jaburu. Geddel integra a equipe de articulação que se reúne regularmente com o vice-presidente para a formação de um possível futuro governo.

Com a movimentação de parlamentares no Jaburu, Temer ainda não conseguiu acompanhar as discussões do plenário do Senado iniciadas por volta das 10h.

Nas últimas semanas, após a aprovação do prosseguimento do processo de impeachment pela Câmara, o Palácio do Jaburu, residência oficial do vice, passou a ser o local de reuniões e negociações em torno dos acertos para a formação da equipe ministerial do vice-presidente de forma a abarcar o máximo de partidos políticos.

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Na véspera, o senador Romero Jucá (PMDB-RR), disse que a intenção de Temer é reduzir o número de ministérios após um eventual afastamento da presidenta Dilma Rousseff. “O vice apresentou a nova configuração com a redução de dez ministérios», disse Jucá.

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