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Operação Delegada cai ano a ano com gestão Haddad

Criada em 2009 para aumentar as forças de segurança nas ruas da capital, a Operação Delegada, que paga policiais militares para trabalharem nos seus dias de folga, vem caindo ano a ano desde que o prefeito Fernando Haddad (PT) assumiu a prefeitura.

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A frequência de policiais no programa – firmado por convênio entre Estado e município – acumula consecutivas quedas desde 2013 e é até 57% menor se comparada com a gestão anterior, do ex-prefeito Gilberto Kassab (hoje no PSD).

No ano de 2012, último do governo Kassab, 977 mil policiais cumpriram escalas na Operação Delegada na capital. Já no ano seguinte, o primeiro de Haddad, o número caiu para 613 mil, depois 446 mil e chegou a 417 mil, no ano passado – 57% menos do que em 2012.

Os dados da Polícia Militar, obtidos pelo Metro Jornal via lei de acesso à informação, são contados às centenas de milhares porque mostram a frequência de policiais na Operação Delegada.

O recorte apresenta a quantidade exata de militares que trabalhou no chamado ‘bico oficial’, e não apenas o número absoluto de vagas abertas a cada ano – que poderiam nem ser preenchidas na sua totalidade.

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Explicações

Comandante da Polícia Militar quando a Operação Delegada foi implementada, o coronel e hoje deputado estadual Álvaro Camilo (PSD) vê a redução do efetivo como um ato político. “Como não é um programa do seu governo, a atual prefeitura o deixou de lado.”

Segundo Camilo, o número menor de policiais nas ruas reduz a sensação de segurança e propicia pequenos delitos, sobretudo nas áreas de comércio popular, destino principal da operação. “O Brás, por exemplo, hoje está largado e na zona norte, apenas uma subprefeitura tem o reforço no policiamento.”

Ao Metro Jornal, o prefeito Fernando Haddad afirmou que o menor efetivo na capital se deu pela concorrência com a Dejem (Diária Especial por Jornada Extraordinária de Trabalho Policial Militar), programa criado pelo Estado em 2013 que passou também a pagar para que policiais trabalhassem nos horários de folga.

Como a adesão dos policiais em ambos os casos é voluntária e o Estado passou a pagar benefício mais elevado que o da prefeitura, segundo Haddad, houve a migração.

Só no fim do ano passado a capital reajustou o valor do benefício de R$ 19,72 para R$ 21,25 a hora. “Com a equiparação, acho que os policias terão a alternativa de voltar”, disse o prefeito.

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