O mosquito Aedes aegypti não dá trégua. Mesmo com queda de 78,5% dos casos de dengue no primeiro semestre de 2016 no Estado, comparado ao ano passado, o número de infectados pela febre chikungunya pulou de 189 para 744 no mesmo período – média de 4 por dia.
Os dados, divulgados ontem pela Secretaria Estadual da Saúde, mostram um crescimento de 293% no nas confirmações de chikungunya. Segundo o secretário da Saúde, David Uip, esse aumento tem sido a maior preocupação das autoridades.
Para Fernando Kreutz, médico e professor da
PUC-RS, que coordena estudos sobre o mosquito, esse aumento “é um exemplo de descontrole”.
Desde o ano passado, houve 3.131 casos confirmados de zika vírus no Estado. Kreutz avalia que a doença pode “impactar toda uma geração de brasileiros por causa da microcefalia”.
Quando se trata de dengue, porém, a notícia é mais animadora: até junho de 2016, foram confirmados 142.854 casos, ante 665.960 no primeiro semestre do ano passado. Nesse mesmo período, o número de mortes diminuiu 85%: foram 67 neste ano e 465 em 2015.
Segundo o governador Geraldo Alckmin (PSDB), a contratação de agentes extras de combate aos criadouros do mosquito foi uma das razões que explica a queda. Ele informou que a ação será retomada a partir de setembro para evitar uma nova epidemia no ano que vem.
Na capital…
…o padrão se repete. Sem casos de febre chikungunya em 2015, a doença neste ano atingiu 32 pessoas – todos contraídos no município. A mesma coisa para o zika: oito casos autóctones esse ano e nenhum em 2015. Só a dengue diminuiu: 15.702 casos, ante 99.997.