O último suspeito de integrar um grupo que planejava fazer um atentado terrorista no Brasil foi preso neste domingo (24), no Mato Grosso. De acordo com a Polícia Federal, a Polícia Militar do Estado capturou Leonid El Kadri de Melo na cidade de Comodoro, a 656 quilômetros de Cuiabá.
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Segundo a PF, ele será ouvido e depois encaminhado a um presídio federal. Os horários e locais não serão divulgados por questões de segurança.
Leonid já foi condenado e cumpriu pena por roubo e homicídio e, segundo a polícia, é um homem perigoso. Ele era o único dos 12 suspeitos que ainda não havia sido preso.
Na sexta-feira (22), Valdir Pereira da Rocha se entregou à polícia na fronteira do Mato Grosso com a Bolívia.
Infiltrado
Para fazer um levantamento preciso da atuação da suposta célula terrorista no Brasil, a PF infiltrou um agente, que trocava mensagens com o grupo. Uma delas acendeu o sinal de alerta: “Olimpíada é uma oportunidade de ir ao paraíso”.
Os suspeitos compartilhavam materiais que ensinavam a construir uma bomba. O FBI, a polícia federal americana, já havia alertado as autoridades brasileiras em abril sobre uma possível célula terrorista no país.
Mais riscos
Apesar da pronta resposta das autoridades brasileiras, ONGs internacionais e agências de inteligência de outros países alertam que mais células terroristas podem estar em atividade no país.
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Na Operação Hashtag foram presos 11 suspeitos de planejar atentados. Eles estão todos em um presídio de segurança máxima em Campo Grande, em celas individuais, onde ficarão à disposição da Justiça pelo menos até o fim dos Jogos Olímpicos do Rio.
Entre os presos está Levi Ribeiro de Jesus, apontado pelo ministro da Justiça como um dos líderes do grupo. Ele foi flagrado tentando comprar pela internet um fuzil AK-47.
“Pode-se identificar risco efetivo de que essas pessoas pudessem cometer ato terrorista. A grande maioria tem perfil extremamente agressivo, uma identificação muito forte com as ideias do Estado Islâmico”, disse o procurador da República Rafael Brum.