O senador republicano pelo Arizona John McCain advertiu nesta segunda-feira o candidato de seu partido à Casa Branca, Donald Trump, por declarações consideradas preconceituosas contra a família de um soldado norte-americano muçulmano morto no Iraque em 2004. “É hora de Donald Trump dar o exemplo ao nosso país e ao Partido Republicano. O fato de o partido tê-lo indicado não dá a ele o direito de difamar os melhores de nós”, disse.
ANÚNCIO
O caso começou na quinta-feira passada, último dia da Convenção Nacional Democrata, que indicou Hillary Clinton candidata do partido. Um dos discursos da noite foi o de Kizr Khan, pai de Humayun, o soldado que morreu em combate no Iraque. Ele criticou Trump pela postura antimuçulmana e contra os imigrantes. Durante o discurso, a mulher de Khan ficou em silêncio ao seu lado. Foi a deixa para a resposta do magnata.
“Se vocês olharem sua esposa, ela estava parada ali. Não tinha nada a dizer. Talvez ele não tenha permitido que ela dissesse nada”, declarou Trump, insinuando que as mulheres muçulmanas são proibidas de falar.
McCain saiu em defesa do pai do soldado: “Eu queria dizer ao senhor e à senhora Khan: obrigado por terem imigrado aos EUA. Somos um país melhor graças a vocês. E seu filho nunca será esquecido.”
Hillary está sete pontos à frente
A candidata democrata à presidência dos Estados Unidos, Hillary Clinton, aparece sete pontos percentuais à frente do candidato republicano, Donald Trump, em pesquisa realizada pela rede de TV norte-americana CBS e divulgada nesta segunda-feira. Hillary tem 46% das intenções de voto em todo o país, ante 39% de Trump. Em outra pesquisa, feita no final de semana anterior pela rede CNN, Trump liderava, com 44%, contra 39% de Hillary. Normalmente, os candidatos são impulsionados após a convenção de seus partidos. Quando comparado ao de pesquisas de eleições anteriores feitas logo após a convenção democrata, o aumento no índice de Hillary pós-convenção é próximo ao do presidente Barack Obama.