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A Câmara Municipal de São Paulo pode votar, até o fim do ano, um aumento no salário do prefeito e dos próprios vereadores.
Por lei, os vereadores de São Paulo têm que aprovar os vencimentos que serão pagos nos próximos quatro anos a eles e ao prefeito.
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Desde janeiro de 2012, o chefe do Executivo recebe R$ 24,1 mil, enquanto os parlamentares ganham, por mês, cerca de R$ 15 mil. Também poderão ser alterados os vencimentos do vice-prefeito, hoje em R$ 21,7 mil, e dos secretários, de R$ 19 mil.
De acordo com o presidente da Câmara, Antônio Donato, do PT, ainda não há uma estimativa de quanto será o reajuste. A primeira reunião da Mesa Diretora para tratar do tema vai ocorrer na semana que vem.
O IPCA, índice oficial de inflação, acumulado de janeiro de 2012 até setembro deste ano é de 39%.
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Se esse percentual fosse aplicado, levando em conta o salário de R$ 25 mil dos deputados estaduais, os vereadores poderiam receber quase R$ 19 mil. Já o prefeito passaria a receber, no máximo, R$ 33,5 mil.
Caso a Câmara decida não rever os valores, as remunerações continuarão nos patamares atuais. Mas isso tem outra implicação: sem reajuste nos valores dos vencimentos do Executivo e do Legislativo, os salários dos servidores ficam igualmente congelados.
O prefeito eleito, João Doria (PSDB), disse que vai doar seus salários a entidades assistenciais, sendo o primeiro para a AACD (associação de Assistência à Criança Deficiente).
Orçamento
A peça orçamentária enviada pelo Executivo à Câmara prevê um Orçamento de R$ 54,535 bilhões para o ano que vem, apenas 0,23% superior ao valor deste ano.
De janeiro a setembro, as receitas correntes da prefeitura somaram R$ 34,2 bilhões, 3,7% a mais que no mesmo período do ano passado em valores nominais, mas 4,4% a menos se for descontada a inflação do período.