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A Rússia orientou os rebeldes sírios antigoverno entrincheirados em Aleppo a deixarem a cidade até sexta-feira (4), sinalizando que fará nova pausa nos ataques aéreos contra a cidade. A oferta foi recusada por pelo menos um grupo rebelde.
O Ministério da Defesa russo, que ajuda as forças leais ao presidente sírio, Bashar al-Assad, a tentar retomar o controle total de Aleppo, disse que os rebeldes terão permissão de sair da cidade ilesos e com suas armas entre 9h e 19h (horário local) do dia 4 de novembro através de dois corredores especiais. O presidente russo, Vladimir Putin, ordenou a pausa nos combates “para evitar vítimas sem sentido”, disse o ministério russo, acrescentando que autoridades sírias farão as tropas do país recuar dos corredores destinados à passagem dos rebeldes.
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“Isso (a saída dos rebeldes de Aleppo) está completamente fora de questão”, disse ontem Zakaria Malahifji, do grupo rebelde Fastaqim.
Segundo ele, não há corredores de saída seguros, ao contrário do que diz a Rússia. “Não é verdade que civis e combatentes estejam saindo. Os civis têm medo do regime e não confiam nisso, e os combatentes não estão se rendendo”, disse
Contra-ataque
Na sexta-feira, grupos rebeldes atacaram forças russas e sírias com carros-bomba e foguetes, fazendo parte das forças do governo recuar e conquistando apoio de grupos anti-Assad em outras regiões do país.
Governos ocidentais afirmam que os ataques aéreos russos mataram muitos civis. Moscou nega, e diz que desde 18 de outubro não bombardeia Aleppo.