Os moradores trocam informações sobre os locais onde veem carros “descalços” e, quando possível, fotos. Têm feito inclusive apelos para que as vítimas registrem a ocorrência.
De setembro para cá, os moradores trocaram informações sobre ao menos oito carros que tiveram as rodas roubadas em diferentes ruas do bairro. Em cinco delas, tiraram e compartilharam fotos (veja abaixo).
Antes uma página em que os vizinhos falavam de animais perdidos e até achavam o dono de uma aliança perdida, a “Mirandópolis, Mirandópolis” no Facebook, passou, desde setembro, a ser ponto de troca de informações de carros sem rodas. Com o aumento das ocorrências, os posts sobre o assunto passaram a ser maioria.
O presidente do Conseg (Conselho de Segurança) da Saúde e Vila Clementino, Ronaldo Yuzo Ogasawara, 38 anos, disse que recebeu as informações sobre as ocorrências e que até o padre de uma das igrejas da região que atua o procurou preocupado com o assunto. Mas ele ressaltou a importância de que os registros policiais sejam feitos para que se possa cobrar das polícias uma ação efetiva.
“Se não há registros, a polícia avalia que é uma área tranquila, sem essas ocorrências”, afirmou.
Hoje, a entidade faz reunião aberta com moradores e representantes das Polícias Civil e Militar da área, no Colégio Renovação (rua Bento de Farias, 129), a partir das 20h.
Para Ogasawara, essa onda de roubos de rodas pode ser tema do encontro, caso as vítimas levem o boletim de ocorrência e relatem o problema. “Mesmo que não levem, mas se registraram, elas podem contar e depois mandar o BO para nós que aí vamos cobrar uma atitude para isso.”
Assim como o Conseg, a Polícia Civil também orienta as vítimas a fazerem o BO para “contribuírem com o trabalho de estratégia policial”. A Secretaria de Segurança Pública informou, em nota, que foram presas na região 536 pessoas em flagrante, de janeiro a setembro deste ano.