A famosa estrela de Belém, que teria guiado os Reis Magos do Oriente para fazer homenagens ao menino Jesus recém-nascido, em realidade foi um alinhamento excepcional dos planetas que aconteceu no ano 6 a.C. Essa ideia já não é nova, já tendo sido teorizada por diversos astrônomos, como alemão Johannes Keppler, grande nome na matéria no século XVII.
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O último a estudar mais sobre a teoria foi o astrofísico Grant Mathews, da Universidade de Notre Dame, nos Estados Unidos, que apresentou sua pesquisa recentemente na instituição.
Estudando dados históricos, astronômicos e bíblicos, Mathews chegou à conclusão que o fenômeno que guiou os magos, que seriam sacerdotes da religião da Antiga Pérsia zoroastrismo, foi uma conjunção dos planetas extremamente rara, que aconteceu no ano de 6 a.C e que nunca mais foi observada no céu. Na conjunção estavam o Sol, a Lua e Saturno na constelação de Áries, Vênus na de Peixes e Marte e Mercúrio na de Touro.
Naquela época, o equinócio de Primavera estava na constelação de Áries. Para quem era um especialista em astronomia, como deviam ser os Magos, o evento deveria ter sido muito simbólico. A presença de Júpiter e da Lua indicava o nascimento de um grande personagem, enquanto a de Saturno indicava um símbolo de vida, assim como a presença de Áries no equinócio de Primavera (do Hemisfério Norte), que indicava o início da Primavera.
«Os magos devem ter visto a conjunção ao leste, reconhecendo o símbolo de um nascimento real na Judeia», afirmou Mathews. Além disso, outras informações indicam que o «nascimento de Jesus não aconteceu em dezembro, mas antes, no outono [primavera no Hemisfério Sul], quando os pastores ainda dormiam a céu aberto», disse o pesquisador do Instituto Nacional de Astrofísica de Roma, Vito Polcaro.