A Petrobras registrou lucro líquido de R$ 2,5 bilhões no último trimestre de 2016. De acordo com a companhia, esse resultado permitiu reverter o prejuízo de R$ 16,4 bilhões dos três meses anteriores. A petrolífera apresentou prejuízo de R$ 14,8 bilhões no ano passado, uma queda em relação ao ano anterior quando a perda ficou em R$ 34,8 bilhões. O resultado, segundo a companhia foi influenciado pelo impairment de ativos (reavaliação de ativos antes de contabilizá-los) e de investimentos em coligadas, que somaram R$ 20,8 bilhões.
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De acordo com comunicado da estatal, o lucro operacional ficou em R$ 17 bilhões no ano passado; enquanto em 2015, houve prejuízo de R$ 12 bilhões. O endividamento líquido caiu 20%, passando de R$ 392 bilhões, no final de 2015, para R$ 314 bilhões, no fim de 2016, o equivalente a US$ 96,4 bilhões.
Conforme a empresa, a queda do endividamento foi em decorrência de amortizações e pré-pagamento de dívidas, utilizando recursos do programa de desinvestimentos e de caixa.
Os dados estão sendo apresentados nesta noite na sede da empresa, no centro do Rio. O presidente da Petrobras, Pedro Parente, disse que os resultados operacionais positivos são relevantes, mas lembrou que a empresa ainda tem uma dívida elevada. “Temos que continuar a trabalhar para reduzir o total da dívida”.
As exportações aumentaram 12%, com um total de 634 mil barris por dia (bpd) de petróleo e derivados. O destaque para a companhia foram as exportações de petróleo, que subiram 14%.
Produção
A meta de produção de 2016 foi cumprida, pelo segundo ano consecutivo – atingindo 2milhões e 144 mil barris por dia (bpd) de petróleo. A empresa registrou recordes de produção chegando a 2,9 milhões de barris de óleo equivalente por dia. “Isso é muito importante para a companhia. É um valor que a gente não se afasta”, disse a diretora de Produção e Exploração da Petrobras, Solange Guedes.