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Escolas estão na mira de criminosos em BH

Estudantes e professores de algumas escolas municipais que voltaram nesta segunda-feira às aulas após o feriado de Tirandentes encontraram salas, brinquedos e equipamentos depredados. A situação, infelizmente, tem se tornado comum nos últimos 15 dias, quando ao menos 10 escolas e Umeis foram arrombadas por criminosos. Em alguns casos, equipementos, material escolar e até merenda foram roubados pelos suspeitos.

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Na última onda de ataques, ocorrida no fim de semana passado, ao menos cinco escolas da rede pública foram invadidas. A maioria dos casos foi registrada na região Oeste de Belo Horizonte. No feriado da Semana Santa, outras sete escolas já haviam sido alvo dos vândalos.

Em quase todos os casos registrados pela SMSEG (Secretaria Municipal de Segurança Urbana e Patrimonial), o padrão é o mesmo. Os invasores arrombam salas de aula, depredam equipamentos, espalham sujeira e saem sem levar nada. Na Escola Municipal Aires da Mata Machado, vítima dos vândalos no fim de semana, até a sala destinada às crianças com necessidades especiais foi depredada, mas nada foi furtado.

Em alguns casos, como na Escola Municipal Pedro Guerra, no bairro Mantiqueira, além do arrombamento e dos atos de vandalismo, uma TV foi  levada pelos criminosos.

Em nota, a Smed (Secretaria Municipal de Educação), informou que a Guarda Municipal e a Polícia Militar foram acionados em todos os casos. Em nenhuma das escolas foi necessária a interrupção das atividade. “A Smed tem atuado de forma articulada com a Guarda e já solicitou que fosse feito um esquema especial de patrulha nas escolas para os fins de semana e feriados. O serviço de inteligência da Guarda está atuando para tentar identificar os responsáveis pelos arrombamentos”, comunicou o órgão.

Escolas sem vigias

Os atos de vandalismo começaram a ganhar evidência menos de um ano após a demissão de cerca de 500 guardas patrimoniais que atuavam na vigilância da rede municipal, e foram substituídos por sistemas de proteção eletrônica. De acordo com Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Municipal (SindRede-BH), desde as demissões, o clima de insegurança aumentou entre os trabalhadores. “Desde que as ocorrências começaram a se intensificar, o sindicato pede a volta dos trabalhadores. Atualmente o prejuízo é quanto ao patrimônio público, mas o nosso receio é se houver danos a documentos de estudantes, ou algo que prejudique as aulas no dia seguinte”, alerta o diretor do SindRede-BH, Wanderson Rocha.

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Neste ano, a prefeitura autorizou a recontratação de vigias para 50 escolas municipais e informou que há esforços para viabilizar a presença dos vigias em outras unidades ao longo do ano. A medida, no entando, ainda está longe do ideal segundo o SindRede-BH. “Nem todas as instituições têm recursos financeiros para isso. Algumas escolas precisaram fazer um remanejamento do orçamento, demitindo funcionários da cantina, para fazer as contratações. Por isso reivindicamos que a prefeitura liberte verba específica para esse fim”, afirma Wanderson.

Atualmente, as escolas da rede municipal contam com sistema de segurança eletrônica, sendo que na maioria delas trabalha-se com sensores de movimento e alarmes. De acordo com a Smed, já foi autorizado que todos os diretores fizessem uma análise dos seus sistemas e solicitassem, caso haja necessidade, melhorias e, quando for o caso, a troca do sistema por outro mais adequado à necessidade das escolas.

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