As manifestações contra o governo do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, que entraram em sua quarta semana, já resultaram na morte de 26 pessoas no país, segundo a procuradora-geral Luisa Ortega. Já são 437 feridos e aproximadamente 1300 pessoas presas em confrontos entre manifestantes e forças de governo.
Aliada próxima de Nicolás Maduro, a procuradora demonstrou incômodo com a escalada autoritária do presidente, em um raro sinal de descontentamento com as ações do Partido Socialista. Nesta terça-feira, Luisa Ortega clamou por tranquilidade, mas não culpou nenhum dos dois lados pelos episódios de violência. «Eu preciso rejeitar o uso da violência como arma política. Sou uma mulher da paz», afirmou.
O país enfrenta uma grave crise econômica, em meio à escassez de alimentos. A parcela dos cidadãos que deseja a renúncia de Maduro tem sido reprimida com violência.