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Ciclistas reclamam do Bike Sampa; falta de bicicletas é apenas um dos problemas

Quem anda de bike pela cidade de São Paulo tem enfrentado alguns problemas. Embora a capital paulista tenha uma das maiores malhas cicloviárias da América Latina, um dos serviços mais badalados para os ciclistas, o Bike Sampa, está sendo alvo de queixas.

Ciclistas reclamam da falta de bicicletas nas estações e também do aplicativo, que não informa corretamente os pontos onde há bikes disponíveis.

O designer Lucas Bastos, de 30 anos, se cadastrou pela primeira vez em 2014 e, na época, já tinha dificuldades em encontrar as bicicletas.

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Bastos conta que ir de bike o ajudava a ganhar tempo no trajeto para o trabalho. Ele até atualizou seu cadastro no final de 2016, com o intuito de usar a Bike Sampa como opção de lazer, mas não tem conseguido.

Já o mergulhador Ruy Franco, de 37 anos, diz que as estações que são mais próximas de onde mora raramente têm bicicletas disponíveis, ainda mais aos finais de semana. Franco costuma procurar bikes nas estações 25-Bela Cintra, 23-teatro Renaissance e 118-Augusta, mas conta que a falta de disponibilidade é apenas uma das dificuldades. Recentemente a estação não estava destravando as bicicletas.

O analista de sistemas Mauricio Mendes, de 50 anos, que usa o serviço desde 2014 e mora próximo a algumas estações, também tem notado o «sumiço» das bicicletas.

Além disso, Mendes, que usa estações no bairro da Pompeia, diz que o aplicativo mostra como operante uma estação na rua Cotoxó, que já está desativada. Ele também tentou reclamar de diversas formas – telefone, e-mail, site – e não teve sucesso em nenhuma delas.

Mais problemas

A falta de bicicletas nas estações é apenas um dos problemas de que usa o Bike Sampa têm notado ultimamente. A estudante Laura Jayme, de 20 anos, usa o serviço há mais de 1 ano em diferentes pontos da cidade de São Paulo. Ela conta que, às vezes, aparecem bicicletas com pneus furados e bancos quebrados, mas percebe que esses problemas são resolvidos rapidamente. No entanto, ela diz que a maior dificuldade é em relação ao aplicativo.

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O designer Lucas Bastos diz ainda que têm notado que as estações estão mais abandonadas ultimamente.

Já o diretor de criação Danilo Marcondes Vieira, de 38 anos, teve problemas por conta da falta de sinalização das estações inoperantes.

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E assim como a  Laura, ele conta ainda que já encontrou bicicletas em mau estado – no caso, com o pneu furado. No entanto, mesmo após mandar diversos e-mails para a central informando o problema, a bike permaneceu na estação Masp por semanas sem nenhuma manutenção.

No caso da administradora Ilza Cerqueira, de 40 anos, o problema não foi resolvido nem pela equipe que fazia manutenção das bicicletas.

«Tentei retirar nas duas estações da Faria Lima e o sistema informava que não havia nenhuma bike disponível, apesar de haver. O rapaz que fazia manutenção disse que era responsável apenas com a parte técnica e disse que eu teria que ligar no SAC.»

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Outro lado

Em nota, o Bike Sampa disse que o projeto de compartilhamento de bicicletas está passando por mudanças. Após uma parceria firmada com a tembici., o projeto estima que em 90 dias um novo modelo seja implantado. «Inicialmente, estamos atuando na recomposição da frota, manutenção, monitoramento do sistema e o relacionamento com o cliente».

Sobre o problema que os ciclistas relataram com o aplicativo, a empresa afirmou haverá uma troca da tecnologia – que vai resultar em um novo sistema operacional, incluindo novas bikes e estações.

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O Bike Sampa não se manifestou sobre como tem lidado com as reclamações de quem usa durante este período de transição para o novo sistema.

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