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ABC ‘lava as mãos’ sobre regulação de aplicativos de transporte privado

As prefeituras do ABC decidiram não tomar partido sobre uma possível regulamentação de aplicativos que oferecem transporte privado de passageiros, como o Uber e o Cabify. Segundo o Consórcio Intermunicipal do ABC, os prefeitos vão esperar uma decisão em âmbito federal para depois se posicionarem sobre o tema.

Em abril, a Câmara Federal aprovou projeto de lei que  obriga os municípios a regulamentarem a atividade, mas impõe regras parecidas com as estabelecidas aos táxis. A proposta ainda passará por votação no Senado e, se aprovada, depende da sanção do presidente Michel Temer (PMDB) – ainda não há prazo para o projeto sair do papel.

O prefeito de Santo André, Paulinho Serra (PSDB), disse  em março que a prefeitura iria apresentar proposta para regulamentação dos aplicativos de transporte privado remunerado em 30 dias. Porém, dois meses depois, o tucano voltou atrás e a administração municipal comunicou que a medida só seria tomada de maneira regional, por meio do Consórcio Intermunicipal.

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Agora, a entidade regional diz que a regulamentação de serviços de transporte individual privado por meio de aplicativos foi pauta da reunião ordinária do GT (Grupo de Trabalho) Mobilidade Urbana de 18 de abril. Segundo o colegiado dos prefeitos, o grupo decidiu, por consenso, aguardar a tramitação do tema no Congresso Nacional para discutir proposta regional de regulação.

“Enquanto isso, o GT estuda as legislações municipais existentes. No ABC, São Caetano e Mauá proibiram o uso de aplicativo para carros particulares”, diz nota do Consórcio.

Atuação em peso

Mesmo sem lei que libera tal atividade, as empresas do setor atuam livremente no ABC. O Uber opera em peso na região, mas não de forma oficial – a companhia alega que, pela proximidade com a capital, os motoristas parceiros que atuam em São Paulo acabam pegando passageiros após realizarem viagens ao ABC.

Já o Cabify, anunciou na semana passada que iniciará atividades oficiais em Santo André, São Bernardo e São Caetano a partir da próxima quarta-feira. A empresa alega que há decisões judiciais favoráveis a esse tipo de serviço que tornam o aplicativo “totalmente legal”.

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