Contratos para o serviço de tapa-buraco na cidade realizados por empreiteiras terceirizadas foram suspensos ou reduzidos em dez prefeituras regionais da cidade ao longo do primeiro semestre. As reduções foram sendo publicadas no Diário Oficial da Cidade e reunidas ontem em reportagem do jornal “Agora”.
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O caso mais grave é da Vila Prudente (zona leste), onde um contrato foi suspenso em maio por 120 dias. Também foram alvo de redução os serviços nas prefeituras regionais de São Miguel Paulista, São Mateus, Itaquera, Guaianases (todas na zona leste), Butantã (zona oeste), Sé (centro), Santana, Jaçanã e Pirituba (zona norte).
Segundo o vice-prefeito e secretário das Prefeituras Regionais, Bruno Covas, o serviço que era das empreiteiras foi assumido por equipes da prefeitura e uma verba extra de R$ 10 milhões foi destinada nesta semana ao serviço, remanejada do fundo de multas de trânsito.
“No final do ano passado, eram aplicadas 360 toneladas de massa asfáltica por dia na cidade. Estamos agora em 720 toneladas por dia e, com essa verba extra, vamos aumentar para 1.000 por dia”, disse ele ontem à Rádio Bandeirantes.
Ainda segundo Covas, no primeiro semestre a prefeitura tapou 93 mil buracos e recebeu 75 mil reclamações do problema pelo canal 156.
E o resultado de uma auditoria do TCM, que vai obrigar empresas a taparem 6.862 buracos, pode ajudar na solução (leia quadro). O motorista agradece.
TCM manda empresa retapar 6.862 buracos
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Em despacho publicado ontem no Diário Oficial, o TCM (Tribunal de Contas do Município) determina que empresas contratadas pela prefeitura refaçam o serviço em 6.862 buracos sem nada cobrar da Prefeitura de São Paulo.
As obras deverão ser refeitas nas áreas das regionais de Casa Verde, Itaquera, Penha, Vila Maria/Guilherme, Capela do Socorro, campo Limpo, Freguesia do Ó e Ipiranga
Auditoria feita entre setembro de 2015 e fevereiro de 2016 pelo órgão dá conta de que essas empresas deixaram de cumprir cláusulas no serviço de tapa-buraco como registrar o local com fotos antes, durante e depois do serviço, não comprovar que havia engenheiros acompanhando a obra, além de grau de compactação abaixo do aceitável em quase todos os serviços auditados. O prazo para execução das obras é de 60 dias.
Veja entrevista com o vice-prefeito Bruno Covas: