A Prefeitura de Santo André, na Grande São Paulo, retomou ontem duas obras no Jardim Irene e promete reiniciar ao menos outras 14 em toda a cidade até setembro. O prefeito Paulinho Serra (PSDB) disse que a volta dos trabalhos foi possível após a reavaliação da nota da administração municipal junto a Caixa Econômica Federal.
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“A classificação da cidade era D, isso por conta do endividamento. A nota de má pagadora fazia com que toda liberação de verba do banco sempre passasse pela aprovação do governo federal, que entrava como um fiador da cidade. Como melhoramos as finanças, negociando dívidas e contratos e cortando cargos, nossa classificação subiu para C e tirou a União do meio do caminho”, disse o prefeito Paulinho Serra (PSDB).
Ele explica que as liberações realizadas pela Secretaria do Tesouro Nacional demoravam até seis meses e eram necessárias a cada nova fase das obras. “Imagina cada medição, cada etapa nova da obra a gente ter que esperar seis meses para poder continuar. Isso inviabiliza o trabalho. Agora temos autonomia de negociar direto com a Caixa.” O total de verba que chegará mais rápido aos cofres municipais é de cerca de R$ 100 milhões, de acordo com o prefeito.
Entre as intervenções que serão retomadas, estão oito novas creches, o Hospital da Vila Luzita, o CEU (Centro de Artes e Esportes Unificados) das Artes Ana Maria, conjuntos habitacionais no Jardim Santa Cristina e a regularização fundiária na avenida Maurício de Medeiros.
No Jardim Irene, as duas obras que voltaram ao trabalho ontem são do Cesa (Centro Educacional de Santo André) e da USF (Unidade de Saúde da Família).
O centro educacional é um prédio de 3 mil metros quadrados de área construída, com capacidade para abrigar 1.080 estudantes em 18 salas de aula. Ela é promessa desde 2001, ainda na gestão do prefeito Celso Daniel (1951-2002). O início de sua construção precisou de licenças ambientais, que exigiram mudanças no projeto. A ordem de serviço foi assinada em 2014. Mas no ano passado, os trabalhos pararam por seis meses e seguiam a passos lentos neste ano, segundo o prefeito.
O custo estimado para os serviços é de R$ 13 milhões, dos quais R$ 9 milhões já foram consumidos pela obra. A previsão é que o Cesa esteja em funcionamento a partir do próximo ano letivo, para atender crianças de 6 a 10 anos e de 4 a 5 anos.
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Já a USF, localizada logo ao lado do Cesa, está paralisada desde 2015, de acordo com informações da prefeitura. A obra vai custar R$ 1 milhão, 80% do valor financiado pelo governo federal.
O terreno onde estão o centro educacional e a unidade de saúde vai contar também com um piscinão, previsto para ficar pronto em até dois meses. A prefeitura retomou a construção em março deste ano, depois de cerca de oito meses de paralisação.