Criticado por ter feito várias viagens durante os seus primeiros oito meses de mandato, o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou nesta segunda-feira, 4, que é capaz de «administrar a cidade sem estar fisicamente presente». «É só na cabeça de petistas e outros ‘istas’ é que isso não é possível», declarou o tucano, ao participar de evento da revista Exame, na capital paulista.
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Doria, que acabou de voltar de uma viagem a Paris, destacou que sair de São Paulo não é justificativa de abandono, ainda mais com a ajuda da tecnologia, «em um mundo em que você está ligado 24 horas». «Só na cabeça de quem pensa pequeno», afirmou o prefeito, que disse que não tem arrependimento de ter entrado para a vida pública.
Além disso, o prefeito voltou a subir o tom nas suas críticas ao PT e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, para o tucano, «não gostam de trabalhar». Doria chamou o ex-presidente de mentiroso e lembrou o episódio em que o petista disse que o prefeito nunca havia trabalhado e, em resposta, o tucano fez um vídeo mostrando a sua carteira de trabalho.
Embora dispute com o governador Geraldo Alckmin a indicação do PSDB para a eleição presidencial de 2018, Doria fez um comentário elogioso ao governador, ao dizer que Alckmin «vem empreendendo um bom trabalho nas desestatizações» no Estado de São Paulo.
Em seguida, o prefeito se orgulhou de não estar envolvido em investigações da Operação Lava Jato. «Não recebi dinheiro da JBS, financiei parte da minha campanha», ressaltou o tucano, que encerrou o seu discurso dizendo que rejeita a bandeira vermelha e embalado pelo tema da vitória.