Depois de um ano congelada, a Prefeitura de São Paulo confirmou que avalia reajustar a tarifa básica dos ônibus em 2018, mas não definiu quando nem o percentual de aumento.
Os estudos estão sendo realizados com o governo do Estado, que deve aplicar o mesmo reajuste no metrô e na CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).
Nos últimos anos, os anúncios conjuntos foram feitos em dezembro – entre o período de Festas – e os novos valores passaram a vigorar no começo de janeiro.
“Estamos estudando o reajuste da tarifa para 2018. Ainda não há detalhes nem de quando nem do quanto”, afirmou o secretário de Mobilidade e Transportes da prefeitura, Sérgio Avelleda.
Uma comissão foi criada e já houve uma reunião entre prefeitura e Estado. Segundo Avelleda, estão sendo avaliados “diversos cenários” e o anúncio deverá ser feito nas próximas semanas. “Estamos ultimando os estudos internos para apresentar ao prefeito.”
O prefeito João Doria (PSDB) afirmou que “nenhuma decisão será tomada isoladamente pela prefeitura”.
Os dois falaram sobre o assunto ontem durante a apresentação do milésimo ônibus novo entregue neste ano.
Contexto
Avellada lembrou que as tarifas foram congeladas em R$ 3,80 por causa da situação econômica, de crise e desemprego, e que agora mostra sinais de melhora.
O último reajuste (janeiro de 2016) foi de 8,5% – menos do que inflação do período, de 10,7%, segundo o IPCA – e elevou a passagem de R$ 3,50 para R$ 3,80.
A inflação acumulada desde então está calculada em 8,7%. Se este percentual fosse aplicado hoje, a passagem subiria para R$ 4,13.
Segundo estudo da SPTrans, empresa que gerenciada o sistema de ônibus, se não tivesse sido congelada e reajustada apenas pela inflação, a tarifa deveria ter passado para R$ 4,06 neste ano.
Para 2018, o Orçamento da prefeitura – ainda em discussão na Câmara –, prevê R$ 2,3 bilhões em subsídio para os ônibus. O valor é menor do que os R$ 3 bilhões que serão gastos até o fim deste ano, com a tarifa a R$ 3,80. Essa diferença também indica a possibilidade de reajuste.