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Programa da Prefeitura de Santo André segue sem serviços após seis meses das unidades fechadas

Após seis meses do fechamento, as sete unidades de saúde de Santo André que participam do projeto municipal Qualisaúde continuam sem sinal de obras. O Metro Jornal percorreu todos os postos na manhã de ontem e verificou que em nenhum deles há funcionários da prefeitura trabalhando ou equipamentos de reparo.

Além disso, todas estão com tapumes pretos que atrapalham a visualização completa do interior dos imóveis. Algumas, como a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Jardim Santo André e na US (Unidade de Saúde) Vila Humaitá, estão com tijolos na entrada.

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Os equipamentos que atualmente não estão atendendo a população por estarem fechadas são as USs Campestre, Vila Humaitá, Parques das Nações, Parque Novo Oratório, Jardim Bom Pastor, a UPA Jardim Santo André, além do Centro de Especialidades 3, na Vila Vitória.

O representante comercial Manuel Antônio de Jesus, 69 anos, é vizinho da US Parque das Nações. Para ele, faltou planejamento ao fechar as unidades. “Deviam reformar uma por vez. Iria afetar bem menos a rotina de quem precisa usar”, disse. Jesus ainda afirmou que a US já sofreu tentativa de invasão, quando um dos portões foi vandalizado.

O aposentado Valdemar Conte, 79 anos, mora na rua São Jorge, onde fica a US Campestre. Ele diz que o caminho que demorava alguns minutos para o atendimento agora leva cerca de 30 minutos para o posto de saúde mais próximo (Vila Guiomar).

Demora na licitação
Apesar de as unidades de saúde terem sido fechadas em agosto do ano passado, o processo licitatório para contratação da empresa que realizará em reformas de cinco delas (Campestre e Parque das Nações ficaram fora) foi publicada apenas no início de novembro, três meses depois do fechamento, e ainda não foi finalizado.

No início do mês passado, uma das concorrentes que participaram da licitação entrou com recurso sobre a decisão da empresa vencedora, o que pode atrasar ainda mais o início das obras.

O prefeito Paulinho Serra (PSDB) afirmou que as previsões de entrega estão mantidas (veja mais abaixo). “Não atrapalha (o recurso), porque os prazos são folgados. A gente trabalha para antecipar”, disse.

‘Vai além das intervenções físicas’
Em nota, a prefeitura alega que o Qualisaúde “vai além das intervenções na estrutura física das unidades”. Segundo a administração municipal, “trata-se de uma modernização em toda a rede de saúde do município, passando por qualificação profissional, informatização, humanização e reestruturação de equipamentos e também estrutura física”.

Sobre a demora para início das obras, o município justifica que, para que as obras começassem, foi necessário primeiro remover o mobiliário, equipamentos médicos, para, então, diagnosticar outros problemas ocultados até então. “É impossível fazer o projeto básico de maneira eficiente e com valor justo com a unidade aberta”, diz a nota.

Sobre a licitação, a prefeitura promete abrir concorrência para a reforma das USs Campestre e Parque das Nações na segunda quinzena de fevereiro. A administração municipal promete reinaugurar todos os sete equipamentos entre agosto deste ano e janeiro de 2019.

O município alega ainda que “nenhum equipamento foi roubado ou danificado”.

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