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Brasileiro volta a buscar os consórcios de imóveis

A busca da compra de um imóvel pelo sistema de consórcios cresceu 26,4% no Brasil em 2017 em comparação com 2016. No mesmo período, o financiamento de imóveis novos caiu 17%. Segundo o presidente do portal de orientação financeira “GuiaBolso”,  Thiago Alvarez, em um financiamento no banco ou direto nas construtoras o imóvel acaba custando no final, em média, o dobro do valor do pagamento à vista. “Apesar de o consórcio ter a taxa de administração, acredito que ainda seja melhor do que pagar os juros do financiamento”, afirma Alvarez.

Ele explica que, no consórcio, o valor é dividido em parcelas pré-estabelecidas, e o cotista não precisa ter uma quantia significativa para dar de entrada, como ocorre no financiamento. Uma segunda vantagem é a flexibilidade de usar o crédito no imóvel que quiser. “Com o tempo, o consumidor pode mudar de ideia sobre o tamanho e as características do imóvel. Como no consórcio a compra só ocorrerá no futuro, a pessoa ganha tempo para avaliar suas necessidades”, diz Alvarez.

Há, porém, desvantagens nesse modelo de aquisição da casa própria às quais o candidato a consorciado deve estar atento. Uma delas é a falta de garantia do prazo em que ele poderá fechar a compra do imóvel, diz André Bona, educador financeiro do “Blog de Valor”. Ou seja, não pode haver pressa.

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“O consorciado deve ter em mente que não é possível saber quando será contemplado. Mesmo que ele possa dar um lance, outros consorciados também farão isso, e nada garante que, mesmo por lance, ele receba sua carta de crédito para comprar o imóvel que quiser”, afirma o educador. E, enquanto não for contemplado, terá de continuar arcando com as despesas do consórcio e, provavelmente, do aluguel de onde mora.

“E, em caso de desistência, existem regras que podem também travar o dinheiro até o final do prazo do grupo, além de multas”, diz Bona.  

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