A Prefeitura de São Paulo publicou no Diário Oficial de terça-feira que suspendeu contratos com empresas que prestam serviços de segurança, limpeza e manutenção em parques.
Segundo o governo, a medida é apenas “burocrática” e os acordos serão retomados.
Ao todo, a SVMA (Secretaria do Verde e do Meio Ambiente) suspendeu 24 contratos, sendo 13 com empresas que realizam vigilância patrimonial desarmada, cinco de manejo e conservação, cinco de zeladoria e um de manutenção dos planetários.
Os textos não detalham os motivos e apenas informam que as suspensões são válidas pelo período de 30 dias (apenas um contrato tem prazo de 90 dias). O Sesvesp, sindicato que representa as empresas de segurança, afirmou que a suspensão atinge prestadores de serviços de 106 parques e que o rompimento foi unilateral e sem aviso prévio. A situação gerou indignação entre funcionários e frequentadores dos parques.
A produtora Elizabeth Reichmann mora há mais de 50 anos em frente ao parque Buenos Aires, em Higienópolis (centro), e ficou preocupada. “Isso é um absurdo. A limpeza e a segurança atuais já são insuficientes e agora não sabemos nem se teremos esses serviços”, disse, apontando para embalagens de salgadinhos jogadas no chão.
Entre seguranças, profissionais da limpeza e mesmo na administração do parque, que não é terceirizada, havia muita desinformação. Seguranças se negaram a dar entrevistas ao Metro Jornal, mas disseram acompanhar o desenrolar da situação por meio de grupos dos profissionais no WhatsApp.
Acordos serão retomados, diz prefeitura
A SVMA entrou em contato com o Metro Jornal e informou que a situação foi resolvida ontem mesmo. Os contratos foram mantidos e os serviços de manutenção, limpeza e segurança continuarão a ser prestados normalmente. Segundo a pasta, a suspensão é um recurso comum, utilizado quando ajustes orçamentários se fazem necessários e que serve para garantir que contratos não sejam rescindidos por nenhuma das partes.