Quem está na Vila Guilherme (zona norte) e passa pela avenida Guilherme, chegando perto do número 1.335, estranha o cheiro de queimado. Um pouco mais para a frente, a resposta: um monte de lixo e restos de tecido estão jogados e acumulados na calçada, parcialmente queimados.
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A cena, de acordo com um segurança que trabalha quase em frente ao local, se repete com muita frequência. João Batista, 54 anos, explica que todos os dias carroceiros descartam lixo ali. “Em alguns casos eles mesmos põem fogo, mas, às vezes são usuários de drogas que colocam”, explica. “Já precisamos chamar até os bombeiros para apagar.”
Não muito longe, na rua Seraphim de Carvalho, a situação é bem parecida. O lixo abandonado e parcialmente queimado ocupa uma boa parte da calçada e os pedestres são obrigados a desviar para a rua.
Para quem está na região todos os dias, a novidade foi quando o lixo começou a ir embora em alguns locais próximos à rua José Bernardo Pinto. Ali existe um ecoponto da prefeitura, mas ele não é o motivo de as ruas estarem mais limpas.
Um homem, que trabalha na região e preferiu não se identificar, explicou que as ruas ao redor do ecoponto também eram depósito de lixo. A situação só mudou depois de uma nova empresa começar a ser responsável pelo lixo. Ele conta, porém, que tanto carroceiros quanto grandes empresas deixavam seus “restos” por ali e colocavam fogo.
Prefeitura regional
A Prefeitura Regional da Vila Guilherme confirmou que esses locais já são pontos viciados de descarte irregular de lixo e disse que recolheu 180,8 toneladas de entulho deles no último mês. Disse ainda que chega a fazer visitas diárias a esses locais, mas que a população deve ajudar. A multa por descarte irregular pode chegar a R$ 15 mil.
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Essa reportagem foi sugerida pelo leitor Leonardo Marsola.
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